Ageitec
Soja
Controle de Pragas
Conteúdo migrado na íntegra em: 08/12/2021
Autores
Adeney de Freitas Bueno - Embrapa Soja
Daniel Ricardo Sosa Gomez - Embrapa Soja
Clara Beatriz Hoffmann Campo - Embrapa Soja
Lenita Jacobs Oliveira - In memorian
Regiane Cristina Oliveira de Freitas Bueno
A escolha das táticas de controle deve associar medidas de controle local, considerando a análise da situação no momento de sua aplicação e medidas que considerem o agroecossistema como um todo, contribuindo para o equilíbrio da comunidade da fauna do solo, redução da população de pragas em geral e o aumento da tolerância da soja aos danos por elas causados. Assim, é preciso, ainda no planejamento da lavoura, considerar medidas que contribuam para diminuir a perturbação física, aumentar a fertilidade do solo e favorecer o desenvolvimento das plantas. Nesse contexto, a rotação de culturas, a inoculação de sementes com bactérias fixadoras de nitrogênio e a escolha da época de semeadura para evitar a sincronia das fases mais suscetíveis da cultura com o estádio mais nocivo das pragas, considerando o histórico da área, são importantes. Outro aspecto fundamental é favorecer o controle natural das pragas por seus inimigos naturais (predadores, parasitoides e entomopatógenos), através da manutenção de refúgios e aplicação de agrotóxicos seletivos. O controle biológico aplicado, através do uso de inseticidas à base de bactérias e baculovírus para lagartas e através de parasitoides de ovos deve ser preferencialmente utilizado sempre que possível. No contexto do MIP-Soja, o controle dos insetos-pragas, via inseticidas, deve ser entendido como a última medida a ser adotada pelo agricultor. Inseticidas sintéticos devem ser utilizados para regular populações das pragas da soja somente quando elas atingirem os níveis de ação, ou seja, quando oferecerem risco de perdas econômicas na produção. Além disso, o agricultor deve dar preferência para os inseticidas indicados pelos órgãos oficiais de pesquisa e utilizar, preferivelmente, inseticidas seletivos, ou seja, que não afetam ou afetam muito pouco a população de inimigos naturais das pragas. Finalmente, é recomendável não repetir o mesmo inseticida várias vezes na mesma área, sob pena de favorecer seleção de resistência de uma dada praga a este inseticida utilizado.