Lagarta-elasmo

Conteúdo migrado na íntegra em: 08/12/2021

Autor

Lenita Jacobs Oliveira - in memorian

 

(Elasmopalpus lignosellus)

A incidência da broca-do-colo ou lagarta elasmo geralmente é cíclica,  mas os surtos em soja  têm sido frequentes, principalmente, em solos arenosos e em anos com estiagem prolongada, na fase inicial das lavouras, não só de soja, como de milho, feijão, arroz e cereais de inverno, entre outras. O adulto é uma mariposa cinza amarelada pequena (15 a 25 mm de envergadura). O dano é causado pela lagarta (Figura 1) que raspa o tecido vegetal, e em seguida penetra a planta na altura do colo,  logo abaixo do nível do solo, onde cava uma galeria ascendente. Junto ao orifício de entrada, as larvas tecem casulos cobertos com excrementos, restos vegetais e partículas de terra.  Em geral, inicia o ataque logo após a germinação da soja, o qual pode se estender por 30-40 dias, causando a morte de plantas e falhas na lavoura. Plantas com mais de 25 cm de altura suportam melhor o ataque, mas seu crescimento é reduzido e ficam mais suscetíveis à quebra  pela ação do vento e da chuva. Em locais com alta probabilidade de ocorrência do inseto, o controle da lagarta-elasmo pode ser realizado através do tratamento de sementes com inseticidas ou aplicação de  inseticidas no sulco de semeadura. Quando o ataque é detectado após a emergência das plantas, em lavouras não tratadas preventivamente com inseticidas, pode-se efetuar uma pulverização de inseticidas com bicos do tipo leque, em alto volume, com o jato dirigido  para o colo das plântulas, à noite ou nas  horas mais frescas do dia.

 

Foto: Antonio R. Panizzi

Lagarta elasmo
Figura 1 - Elasmopalpus lignosellus