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Tomate
Adubos e corretivos
Conteúdo atualizado em: 25/02/2022
Autor
Flávia Maria Vieira Teixeira - Embrapa Hortaliças
Exitem diversos tipos de adubos que podem ser utlizados na adubação do tomateiro. Esses podem ser tanto de origem mineral ou orgânica, variando grandemente suas técnicas de aplicação, composição química, velocidade de absorção pela planta, custo etc. Dentre as principais formas de adubação utilizadas em função dos tipos de adubos mais usados, pode-se citar:
Adubação mineral
Seguindo as orientações da análise de solo, existem inumeros tipos de adubos químicos que podem corrigir as deficiências do solo e suprir as necessidades nutricionais das plantas, incluindo fertilizantes separados e formulações. As formulações 4 – 14 – 8 e a 4 – 30 – 16 são as mais utilizadas na adubação de base (aduação antes do transplantio) Cada elemento químico presente no adubo, tem função específica no desenvolvimento da planta.
No caso do tomate de mesa, as adubações de cobertura são parceladas de acordo com o desenvolvimento da cultura. É recomendada que sejam feitas quinzenalmente para a tender a constante extração dos nutrientes pelos frutos.
No tomate com finalidade industrial a adubação de cobertura é feita a partir dos 25 a 30 dias após o transplantio. São indicadas três adubações de cobertura com intervalo que pode variar de 7 a 14 dias entre elas, em função da condição nutricional da planta.
O pH do solo é de fundamental importância para que as plantas consigam extrair os nutrientes. Os níveis de acidez variam de 0 a 14, onde quanto mais próximo de 0, mais ácido, e quanto mais próximo de 14, mais alcalino. Solos com pH ácido, como ocorre na grande maioria dos solos brasileiros, afetam a disponibilidade de nutrientes, influenciando a assimilação pelas plantas.
Os solos com pH ácido podem ser corridos pela operação de calagem. O volume e o tipo de calcários (calcítico ou dolomítico) necessários para esta correção também são calculados em função da análise de solo. A disponibilidade de macronutrientes (N, P, K, Ca, Mg e S) e do micronutriente B é baixa quando o pH do solo encontra-se próximo ou abaixo de 5,0, atingindo o máximo quando o pH encontra-se ao redor de 7,0. Para os micronutrientes (Fe, Cu, Mn e Zn), a disponibilidade é maior em condições de solos ácidos.
Adubação orgânica
A adubação orgânica tem como fundamento básico a utilização de resíduos de origem animal, vegetal, agroindustrial e outros. Ela deve ser feita de acordo com a disponibilidade desses insumos na propriedade. A aplicação deve ser feita com a antecedência de pelo menos quinze dias antes do transplante, misturado ao adubo químico de plantio e à terra.
De maneira geral, cerca de 50% do nitrogênio, 30% do fósforo e 70% do potássio adicionados como esterco, que deverá ser curtido, estão plenamente disponíveis para as plantas.
As vantagens do uso da adubação orgânica são:
- Aumento da capacidade do solo em absorver elementos prejudiciais às plantas, como o alumínio, e oferecer outros elementos benéficos como o potássio ou o cálcio (troca de cátions), notadamente em solos arenosos ou intemperizados;
- Contribui para uma maior agregação das partículas do solo, que garante uma melhor estruturação do mesmo, favorecendo as operações de preparo, amontoa e cultivos;
- Aumenta a capacidade de retenção de água;
- Estabiliza a temperatura do solo, causando menor estresse às raízes;
- Aumenta a disponibilidade de nutrientes pelo processo de mineralização;
- Contribui para a diminuição da fixação do fósforo no solo.