Trigo
Secagem
Autor
José Antonio Portella
A secagem de trigo é uma operação crítica na seqüência do processo de pós-colheita. Como conseqüências da secagem, podem ocorrer alterações significativas na qualidade do grão. A possibilidade de secagem propicia um melhor planejamento da colheita e o emprego mais eficiente de equipamentos e de mão-de-obra, mantendo a qualidade do trigo colhido. O teor de umidade recomendado para armazenar o trigo colhido é da ordem de 13%. Desse modo, todo o produto colhido com umidade superior à indicada para armazenamento deve ser submetido à secagem. Em lotes com mais de 16% de umidade, indica-se a secagem lenta para evitar danos físicos no grão. A temperatura máxima na massa de grãos de trigo não deve ultrapassar 60 ºC, para manutenção da qualidade tecnológica do produto. Nos secadores essa temperatura é obtida mediante a entrada de ar aquecido a mais ou menos 70 ºC. A secagem artificial de grãos caracteriza-se pela movimentação de grandes massas de ar aquecidas até atingirem temperaturas na faixa de 40 a 60 ºC na massa de grãos, com o objetivo de promover a secagem de grãos em reduzido período de tempo. O aquecimento do ar ambiente requer uma alta potência térmica, obtida com a combustão controlada de combustíveis. A lenha é o combustível mais usado na secagem de grãos. Recentemente, vem se difundindo o uso de GLP (gás liquefeito de petróleo) em secadores cujas condições de queima são mais controladas, em relação ao uso de lenha. As principais desvantagens do uso de lenha são: combustão descontínua e irregular, formação de fumaça que se impregna no grão, alta demanda de mão-de-obra e de espaço próprio para cultivo de espécies florestais. Dependendo do tipo de secador, varia a temperatura de entrada de ar de secagem. Para atender às necessidades, os secadores existentes contemplam inúmeras formas construtivas e operacionais, destacando-se quanto ao sistema de carga (intermitentes ou contínuos) e quanto ao fluxo de ar (concorrente, contracorrente, cruzado ou misto).
Secador. Fotos: José Antonio Portella |
Informações Complementares
Parâmetros para secagem de trigo em secador estacionário, usando gás liquefeito de petróleo
Objetivou-se, neste trabalho quantificar parâmetros de secagem artificial de trigo, colhido antecipadamente na lavoura, empregando secadores de leito fixo e tendo, como fonte de energia, gás liquefeito de petróleo (GLP), de modo a garantir a qualidade genética/industrial do trigo, ao minimizar o efeito ambiente.