Mosaico-comum-do-trigo

Conteúdo migrado na íntegra em: 22/12/2021

Autores

Douglas Lau - Embrapa Trigo

Leila Maria Costamilan - Embrapa Trigo

Maria Imaculada Pontes Moreira Lima - Embrapa Trigo

João Leodato Nunes Maciel - Embrapa Trigo

Márcia Soares Chaves - Embrapa Clima Temperado

Flávio Martins Santana - Embrapa Trigo

 

 

Agente causal

A virose conhecida no Brasil como mosaico do trigo, ou mosaico-comum-do-trigo, é causada pelo Soil-borne wheat mosaic virus (SBWMV). O SBWMV pertence ao gênero Furovirus. Suas partículas possuem formato de bastão rígido, com 20 nm de diâmetro e comprimento de 90 a 160 nm e 300 nm. O genoma viral é bipartido, linear, composto de RNA de fita simples positivo.

 

Ciclo da doença

Este vírus é transmitido por Polymyxa graminis, um fungo habitante do solo. O vírus está presente dentro dos zoóporos e também persiste nos esporos de sobrevivência de P. graminis. Alta umidade no solo, temperaturas entre 15º e 18ºC e solos de pH neutro ou ligeiramente alcalino são condições favoráveis a ocorrência da doença. Além do trigo, outras gramíneas como a cevada, o centeio, e o triticale também são hospedeiras do vírus.

 

Sintomas

Os sintomas no campo são caracterizados pela presença de plantas amareladas, de crescimento retardado, com distribuição predominante em áreas onde a drenagem não é boa. O sintoma típico em folhas é o mosaico que se caracteriza pela alternância de áreas verdes e amarelas. A distribuição no limbo foliar pode ser irregular ou na forma de listras ou estrias. Determinadas cultivares podem apresentar afilhamento excessivo (enrosetamento).

Sintomas do mosaico-comum-do-trigo. Foto: Douglas Lau

 

Controle

O uso de cultivares resistentes é forma mais adequada de se prevenir a ocorrência da virose. Áreas com histórico da doença devem ser evitadas, sobretudo quando do uso de cultivares suscetíveis. Devido à permanência do vírus nos esporos de sobrevivência do fungo, a rotação de culturas pode não ser eficiente.