Manejo

Conteúdo migrado na íntegra em: 22/12/2021

Autores

José Roberto Salvadori

Paulo Roberto Valle da Silva Pereira - Embrapa Florestas

 

 

Para o manejo dos corós é fundamental que seja feito o monitoramento periódico das áreas, tanto no inverno como no verão, visando identificar o início e a evolução das infestações, através da abertura de trincheiras no solo (20-25 cm de largura X 50-100 cm de comprimento, e 20-25 cm de profundidade). O número de trincheiras deve ser o necessário para conferir representatividade à amostragem. Nas amostragens, devem ser registradas cada espécie de coró e a respectiva densidade. As infestações, constatadas por amostragem de solo e/ou pela presença sintomas e danos de corós (diminuição da população de plantas, plantas mal desenvolvidas, perdas no rendimento etc.), devem ser demarcadas.

A ocorrência de corós num determinado momento não dá certeza de que os mesmos continuarão ocorrendo nas safras seguintes. Isso vai depender do ciclo biológico, da espécie de coró e da mortalidade natural. O controle biológico (entomopatógenos e agentes entomófagos) e condições ambientais desfavoráveis, como longos períodos sob excesso ou escassez de umidade do solo, são fatores que isolada ou conjuntamente podem reduzir substancialmente a população de corós.

No caso específico de D. abderus, que requer restos culturais para cumprir, normalmente, seu ciclo biológico, culturas de inverno que proporcionam pouca disponibilidade de palha no período de oviposição do inseto (verão), desfavorecem o estabelecimento ou crescimento populacional. Assim, sistemas onde se cultivam leguminosas (ervilhaca, tremoço etc.) ou crucíferas (colza) no inverno e milho no verão, são menos adequados para D. abderus do que a sucessão aveia preta/soja.

Tanto o coró-das-pastagens como o coró-do-trigo podem causar danos ao trigo a partir de 5 corós/m2. Nessa situação, o tratamento de sementes com inseticidas tem se mostrado eficiente no controle.