Trigo
Manejo
Autores
José Roberto Salvadori
Paulo Roberto Valle da Silva Pereira - Embrapa Florestas
As lagartas Pseudaletia spp. e S. frugiperda possuem número apreciável de inimigos naturais predadores, parasitóides e patógenos. Esses agentes de controle natural impedem que surtos de lagartas em trigo ocorram todos os anos e de forma generalizada. No manejo de lagartas em trigo, deve-se procurar preservar os inimigos naturais e usar o controle químico apenas quando necessário e de forma criteriosa. Para Pseudaletia spp., sugere-se como parâmetro que a aplicação de inseticidas seja feita quando forem encontradas, em média, 10 lagartas grandes (> 2,0 cm)/m2.
O monitoramento de lagartas com o objetivo de avaliar a densidade populacional e identificar a necessidade de controle artificial deve ser feito através de amostragens semanais. Sugere-se fazer amostras (de 0,5 a 1,0 m2) ao acaso, em diversos locais da lavoura, contando-se o número de lagartas grandes e pequenas (>2,0 cm), vasculhando-se cuidadosamente o solo (sob torrões e restos vegetais, fendas etc) e as plantas. O monitoramento das lagartas-do-trigo deve começar no espigamento e, além da densidade de lagartas, deve ser avaliado o estado da folha bandeira, cuja integridade até o enchimento de grãos é fundamental para o máximo rendimento da cultura. As inspeções para verificar a ocorrência da lagarta-militar devem ser iniciadas logo após a emergência da cultura. Quando necessários, os lagarticidas, diluídos em água, devem ser aplicados em pulverização da parte aérea de plantas, preferentemente, nos focos de infestação.