Triticale
Socioeconomia
Nos países produtores, incremento em área de cultivo vem ocorrendo desde 2000 (média de +9,2% a.a.), com pequeno declínio em 2006 e novos acréscimos para as safras de 2007 e 2008. O principal produtor é a Polônia, com 1,33 milhão de hectares colhidos, sendo que os seis maiores países produtores, com área colhida superior a 240 mil hectares, contabilizam mais de três milhões de hectares. Brasil foi o país que mais apresentou redução na área semeada entre 2006 e 2008 ( 25,2%), seguido da Suécia (-10%), enquanto que Áustria (+96%), Lituânia (+50%), República Tcheca (+41%), Bielorússia (+22%), Romênia (+16%), Turquia (+14%), Polônia (+12%) e Austrália (+11%) tiveram incrementos superiores a 10%. Alemanha, China, Dinamarca, Espanha, França e Hungria apresentaram variações, positivas ou negativas, porém não expressivas no período. A produtividade de grãos mundial média em 2008 foi de 3.927 kg ha-1.
Entre os anos de 2000 e 2004, houve estabilização de área de triticale no Brasil entre 109 e 126 mil hectares, com valor máximo de 134.868 hectares colhidos, registrado em 2005. A partir de 2007, a área vem decrescendo, sendo os 69.350 hectares contabilizados em 2009, a menor safra dos últimos nove anos. Em 2009 a produtividade média nacional de grãos de triticale foi de 2.157 kg ha-1, inferior ao ano anterior (2.441 kg ha-1), e expressivamente inferior à média mundial de 2009. Deve-se, no entanto, ao realizar a comparação de rendimento médio de grãos, considerar o tipo de planta cultivada. No Brasil, são semeadas cultivares de triticale de hábito primaveril, a exemplo da Austrália, com rendimentos semelhantes ao brasileiro, ao contrário de países como Alemanha, França, Polônia, Suécia e outros, que cultivam triticale de hábito invernal, de ciclo mais longo e exigentes em vernalização, com rendimento potencial médio de grãos de 5.000 kg ha-1.
Existem cultivos de triticale nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e em Minas Gerais. Entretanto, nas informações disponibilizadas pelo IBGE, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais não são citados. Paraná e São Paulo colheram as maiores áreas, tendo São Paulo também apresentado o maior rendimento médio de grãos em 2009. Juntos, Paraná e são Paulo respondem por 86% da produção nacional de grãos de triticale.
Em 2010 é esperada redução nacional da ordem de 2,8% em área de triticale relativa a 2009, com diminuição no Paraná e em Santa Catarina. Incrementos próximos de 40% são esperados no Rio Grande do Sul, embora com área pouco expressiva na produção brasileira, média 2009/2010 inferior a 10%, apesar desse estado ter contribuído significativamente na produção do cereal no passado.