Uva de Mesa
Embalagem
Autor
Maria Auxiliadora Coêlho de Lima - Embrapa Semiárido
Em embalagem nova; limpa; de fácil abertura; resistente ao umedecimento; ajustável ao manejo, tamanho e peso dos cachos; resistente ao transporte e ao empilhamento; de custo compatível com o valor comercial da uva e que permita a proteção contra danos mecânicos e a dissipação do calor, gás carbônico e vapor de água gerada com a respiração da uva, devem ser acondicionados cachos de mesma origem, cultivar, estádio de maturação, cor, tamanho, formato e classificação.
Geralmente, as caixas usadas são de papelão. Para o mercado externo, utiliza-se papelão ondulado de parede dupla, do tipo peça única (bandeja), comportando 4,5 kg (400 mm x 300 mm x 130 mm) ou 9,0 kg (600 mm x 400 mm x 130 mm). Caixas com capacidade para 5,0 e 8,2 kg, também, são utilizadas. Para o mercado nacional, geralmente, são usadas caixas de papelão ondulado de 6,0 kg ou mesmo as próprias caixas de colheita (20 kg), quando a uva é comercializada para mercados pouco exigentes.
As caixas de papelão devem possuir dimensões para atender à paletização e ao rápido resfriamento da uva. Devem, portanto, ter orifícios para ventilação e aletas laterais que permitem o encaixe da parte inferior de uma caixa com a outra colocada acima dela.
Outros materiais utilizados na embalagem de uvas de mesa são: folha (ou sacola) de polietileno de baixa densidade (PEBD) perfurada ou microperfurada, sacos de papel ou de PEBD para cachos, papel glassine, cartela de gerador de SO2 e materiais para amortecimento de impactos, como cloreto de polivinil (PVC) polibolha 16 mm ou papel ondulado. Em alguns casos, são utilizadas embalagens de tereftalato de polietileno (PET). Os materiais de PEBD que envolvem tanto os cachos quanto toda a caixa, conferem proteção à perda de água e reduzem o atrito entre bagas. No caso das cartelas de geradores de SO2, compostos por metabissulfito de sódio ou de potássio, o objetivo é minimizar o desenvolvimento de algumas podridões pós-colheita. Comercialmente, existem cartelas de fase lenta, rápida e dupla, indicadas para diferentes condições e períodos de armazenamento. A proporção de metabissulfito de sódio ou potássio usado nas caixas é de 1,5 g por 1 kg de uva. Essa cartela precisa ser envolvida em papel glassine, a fim de evitar o contato direto do composto químico com as bagas, o que causaria branqueamento.
É importante mencionar que os papéis ou selos utilizados nas embalagens devem ser impressos com produtos atóxicos e que cada caixa deve informar: nome do exportador, embalador ou expedidor; nome do produto, cultivar e tipo comercial; país e região onde foi produzido; categoria, tipo e peso.
Foto: Maria Auxiliadora Coêlho de Lima.