Certificações

Conteúdo migrado na íntegra em: 08/12/2021

Autores

Pedro Carlos Gama da Silva - Embrapa Semiárido

Rebert Coelho Correia - Embrapa Semiárido

 

A produção voltada para um mercado de uvas de qualidade passa a exigir, cada vez mais, a utilização de novas tecnologias, mão de obra qualificada e serviços especializados, tanto no processo produtivo, quanto nas atividades pós-colheita. As exigências atuais das cadeias de abastecimento de uvas finas de mesa, baseadas em novas convenções de mercado constituem uma ameaça aos sistemas produtivos convencionais praticados pela maioria dos produtores. Entretanto, a sua capacidade para adotar as novas normas e convenções relativas à qualidade converte-se numa ferramenta fundamental para alcançar um lugar privilegiado nos mercados, pois prevalecerão como fatores diferenciais na concorrência, o controle e a certificação dos processos produtivos. São estas exigências que passarão a arbitrar a inclusão ou exclusão dos produtores de uvas finas de mesa. Nesse contexto, também emerge um contingente de pequenos e médios viticultores profissionalizados que, além de cumprirem uma função social importante, passaram a cumprir um papel no abastecimento do mercado doméstico e a buscar um espaço no mercado externo.


Atualmente, as normativas internacionais requeridas para importadores de uvas brasileiras incluem as certificações USA GAP (Good Agricultural Practices – GAP), Global GAP, Tesco Nature’s choice, HACCP (Hazard Analylisis and Critical Control Points - Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle, em português), entre outras.


Entre as estratégias comerciais para o atendimento às novas exigências de mercado e agregação de valor ao produto, um procedimento importante é a consolidação das marcas nos mercados externo e interno. Nesse contexto, a aprovação do pedido de Indicação de Procedência (IP) Vale do Submédio São Francisco para empresas e agricultores filiados à União das Associações e Cooperativas dos Produtores de Uvas Finas de Mesa, pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI, representou uma importante conquista para os produtores daquela região. A IP, além de valorizar o vínculo da qualidade das frutas com o cultivo nas condições ambientais do Submédio do Vale do São Francisco, apresenta-se como um instrumento comercial importante para competir nos mercados do Brasil e do exterior.