Isabel

Conteúdo migrado na íntegra em: 08/12/2021

Autor

Patrícia Coelho de Souza Leão - Embrapa Semiárido

 

A cultivar Isabel é originária dos Estados Unidos. É uma uva rústica, que se adaptou bem às condições climáticas da região Sul do Brasil, onde representa 50% da uva produzida no Rio Grande do Sul. Apresenta resistência ao oídio e podridões de cacho em condições de clima úmido e chuvoso. Embora esteja sujeita a perdas por antracnose e míldio, é mais resistente que as uvas finas. Pode ser utilizada para todas as finalidades: vinhos, sucos, geléias e para mesa, mas é especialmente recomendada para elaboração de sucos, representando a base do suco brasileiro para exportação. A cultivar Isabel precoce é um clone de ‘Isabel’, obtido a partir de mutação somática natural em um vinhedo no município de Farroupilha-RS. A principal característica que a diferencia da cultivar original é que antecipa o final de maturação e colheita em até 35 dias, no Rio Grande do Sul.

Na região Nordeste do Brasil, existe produção de uva ‘Isabel’ no município de São Vicente Férrer, Zona da Mata do Estado de Pernambuco, onde o cultivo desta uva para consumo in natura é uma das principais atividades agrícolas da região. No Submédio do Vale do São Francisco, a cultivar Isabel, conduzida em espaldeira, apresentou-se como tardia e de ciclo longo. As uvas maduras apresentam, nessas condições de cultivo, teores de sólidos solúveis em torno de 16 a 17ºBrix, teores médios de açúcares solúveis de 15 g 100 g-1 e acidez total titulável de 0,5 a 0,8 % de ácido tartárico, aproximadamente.

Foto: Maria Auxiliadora Coêlho de Lima.

Figura 1. Cultivar de uva Isabel Precoce.