Uva de Mesa
Oídio
Autores
Selma Cavalcante Cruz de Holanda Tavares - Embrapa Solos
Diógenes da Cruz Batista - Embrapa Semiárido
Daniel Terao - Embrapa Meio Ambiente
Maria Angélica Guimarães Barbosa - Embrapa Semiárido
O patógeno pode colonizar folhas, ramos, inflorescência e frutos caracterizados por um crescimento branco pulverulento recobrindo os órgãos afetados. Esse crescimento branco são as estruturas do patógeno. O oídio coloniza apenas as células da parte superior da folha (epiderme) por meio de emissão de haustórios. Apesar de o fungo poder se desenvolver em ambas as faces da folha, ele predomina na face inferior, a menos que a área esteja sombreada propiciando o seu crescimento na face superior. Isto ocorre devido à sensibilidade do fungo a radiação solar. As folhas infectadas também podem se tornar subdesenvolvidas, retorcidas e murchas. Os sintomas são bem visíveis em ramos, que passam a apresentar manchas amarronzadas. Nos frutos jovens, a doença é caracterizada pelo crescimento branco na superfície da baga, paralisação do crescimento do tecido e queda prematura. Quando a infecção ocorre em bagas com estágio de desenvolvimento mais avançado, tem-se um crescimento desigual entre o tecido da superfície e o da polpa, acarretando o rompimento da baga, que servirá de porta de entrada para outros microrganismos.
Fotos: Carlos Antônio da Silva (A e C) e Cícero Barbosa Filho (B)
Para o controle, é necessária a associação de vários métodos, tais como: retirada de restos culturais; eliminação do córtex na fase de repouso; aplicação de fungicidas à base de enxofre; e maior atenção com o parreiral nas fases de emissão de folhas novas, emissão de inflorescência e início da frutificação, quando a cultura é mais suscetível ao patógeno. Em relação à aplicação de enxofre, é importante observar que este produto não deve ser aplicado quando a temperatura do ar for superior a 30oC, devido a sua ação fitotóxica, e nem quando for inferior a 18oC, pois a sua eficácia é reduzida.