Ageitec
Uva de Mesa
Podridão cinzenta
Conteúdo migrado na íntegra em: 08/12/2021
Autor
Maria Angélica Guimarães Barbosa - Embrapa Semiárido
A podridão cinzenta, também conhecida por mofo-cinzento, é causada pelo fungo Botrytis cinerea Pers.:Fr., que se desenvolve em ambiente com umidade relativa elevada em torno de 80% e temperatura de aproximadamente 25 ºC. Ocorre com maior frequência em pomares densos, com pouca aeração, sombreados e durante o período chuvoso, provocando perdas quantitativas e qualitativas à produção. Apesar de ser uma das principais doenças pós-colheita na região Sul do país, apresenta pouca importância na região do Submédio do Vale do São Francisco.
O principal sintoma da doença ocorre no cacho, já próximo ao período de colheita, iniciando-se com a descoloração da casca que vai se tornando flácida. Aparecem manchas circulares arroxeadas nas bagas que, posteriormente, adquirem a coloração parda, tornando-se deprimidas com abundante esporulação do fungo na superfície. Esta esporulação de aparência acinzentada origina o nome da doença. Os sintomas também podem aparecer em todas as partes verdes da videira, em intensidade que pode levar a apodrecimento e perda parcial ou total das frutas no cacho.
Foto: Carlos Antonio da Silva
Figura 1. Cacho de uvas com sintomas de mofo cinzento.
Nas folhas, brotos e ramos jovens aparecem manchas de coloração marrom que se recobrem de uma película cinzenta quando o clima está úmido. Quando o ataque é severo, poderá ocorrer perda de brotações jovens, com reflexos na produção.
A sobrevivência do fungo entre uma safra e outra se dá pela formação de estruturas de resistência (denominadas escleródios) nas folhas e epiderme dos órgãos afetados, que, em condições favoráveis, germinam e iniciam o processo de infecção. Quando as condições climáticas tornam-se favoráveis ao seu desenvolvimento, ocorre a formação de esporos que serão disseminados pelo vento, pela chuva e por insetos. Estes esporos poderão infectar órgãos verdes das plantas através de aberturas naturais, de ferimentos ou diretamente na superfície do hospedeiro.
Para o manejo desta doença, deve-se evitar a compactação dos cachos por meio de raleio, aumentar a aeração do parreiral para evitar o acúmulo de umidade em torno do cacho e manter a adubação equilibrada. Quando as condições ambientais estão favoráveis à ocorrência da doença, o controle químico deve ser realizado no início da floração e as aplicações devem ser continuadas durante a fase de desenvolvimento e maturação das bagas.
A sobrevivência do fungo entre uma safra e outra se dá pela formação de estruturas de resistência (denominadas escleródios) nas folhas e epiderme dos órgãos afetados, que, em condições favoráveis, germinam e iniciam o processo de infecção. Quando as condições climáticas tornam-se favoráveis ao seu desenvolvimento, ocorre a formação de esporos que serão disseminados pelo vento, pela chuva e por insetos. Estes esporos poderão infectar órgãos verdes das plantas através de aberturas naturais, de ferimentos ou diretamente na superfície do hospedeiro.
Para o manejo desta doença, deve-se evitar a compactação dos cachos por meio de raleio, aumentar a aeração do parreiral para evitar o acúmulo de umidade em torno do cacho e manter a adubação equilibrada. Quando as condições ambientais estão favoráveis à ocorrência da doença, o controle químico deve ser realizado no início da floração e as aplicações devem ser continuadas durante a fase de desenvolvimento e maturação das bagas.