Os biofertilizantes são produtos utilizados na forma líquida e obtidos da fermentação de materiais orgânicos com água, na presença ou ausência de ar (processos aeróbicos ou anaeróbicos). Possuem composição altamente complexa e variável, contendo quase todos os macro e micro-elementos necessários à nutrição vegetal. Para elaborar um biofertilizante de forma simples é necessário 1 tambor (bombona) ou tonel plástico de 200 litros, 2,0 metros de mangueira de ½”, 1 balde ou garrafa de vidro, 80 L de esterco fresco e 80 L de água. Inicialmente é colocado o material sólido (esterco) na bombona, completa com água e  mistura, após fecha-se a bombona com uma tampa cuja superfíce coloca-se a mangueira para a saída de gases do processo de fermentação. A garrafa de vidro e uma alternativa que pode ser colocada na extremidade da mangueria para que não entre ar. O processo também pode ser realizado aberto em um tanque. Nessa mistura básica pode-se adicionar micronutrientes e outros material alternativos como resto de frutas, rapadura, cinzas, material do rumem, etc. Alguns dos biofertilizantes mais utilizados no Vale do São Francisco são os denominados de Agrobon, Vairo.

O emprego de biofertilizantes em substituição aos agroquímicos vem crescendo em todo o país e tem contribuído para o aumento da produtividade com a diminuição de custo. Na literatura, já se encontram alguns resultados positivos da aplicação de biofertilizantes em regiões produtoras, incluindo o semiárido brasileiro, para diferentes culturas, descrevendo resultados no controle de pragas e doenças, na decomposição de matéria orgânica com elevada relação C/N, na melhoria das características físicas, químicas e biológicas do solo e no baixo custo de seu uso. Para fins de recomendação é necessário observar a finalidade do uso e a composição química final do produto.