Preparo das linhas de plantio

Conteúdo migrado na íntegra em: 08/12/2021

Autor

José Barbosa dos Anjos - Embrapa Semiárido

 

 

O preparo das linhas de plantio depende do sentido dessas, que é função da classe e profundidade do solo, topografia do terreno e direção do vento predominante.

Após a definição do sentido da fileira, dá-se início ao preparo das linhas de plantio propriamente dito. O uso de camalhões tem-se destacado como uma técnica adotada em solos que possuem pequena profundidade efetiva para o desenvolvimento do sistema radicular e que apresente médio a alto grau de erodibilidade, ou, ainda, em condições em que se deseja uma microdrenagem eficiente, após a ocorrência de chuvas intensas e contínuas. No entanto, em áreas bem drenadas não se faz necessário o uso de camalhões.

No Submédio do Vale do São Francisco, o sulcador de asas alongadas tem sido utilizado para a formação de camalhões elevados. No entanto, este implemento só deve ser empregado quando a área estiver previamente preparada com subsolagem (caso seja necessária), aração, gradagem e distribuição de corretivos e adubação orgânica.

 

Fotos: José Barbosa dos Anjos (A, B e C); José Monteiro Soares (D).

Figura 1. Sulcador com asas alongadas tipo asa de andorinha (A); distribuição de adubação orgânica no fundo do sulco antes da formação do camalhão (B); sulco com adubação orgânica e calcário antes da formação do camalhão (C); e camalhão confeccionado com sulcador tipo asa de andorinha (D).

 

Outra alternativa é o preparo convencional, que compreende a aração e a gradagem, seguido da demarcação das linhas de plantio, instalação da latada, sistema de irrigação, abertura das covas com enxada rotativa (coveadora), adubação de fundação (orgânica e mineral), levantamento dos camalhões e abertura das covas, operações estas efetuadas com um implemento desenvolvido em Petrolina-PE, que é composto de escarificadores e lâmina enleiradora.  

 

Fotos: José Barbosa dos Anjos.

Figura 2. Área em fase de implantação e abertura das covas (A); detalhe da enxada rotativa coveadora (B); implemento escarificador enleirador (C); camalhões efetuados com o escarificador enleirador (D). 

 

Quando a aplicação de adubos orgânicos e minerais em fundação for efetuada na base do camalhão, não há necessidade da abertura de covas no topo do mesmo. Neste caso, basta fazer a abertura de pequenas covas, no topo do camalhão, utilizando-se cavadeiras manuais, apenas por ocasião do transplantio das mudas.

 

Fotos: José Monteiro Soares.

Figura 3. Confecção de covas no topo do camalhão para: a) abertura de covas e b) transplantio das mudas de videira.