Soja
Tráfego de máquinas
Autor
José Barbosa dos Anjos - Embrapa Semiárido
O tráfego de máquinas agrícolas pode causar compactação e/ou adensamento nas camadas do perfil do solo, devido à força de tração aplicada à superfície do terreno, quando do deslocamento do trator, o que produz uma deformação na estrutura do solo e, às vezes, promove o movimento das partículas que o compõem.
O grau de compactação do solo depende do tipo de rodado (pneus ou esteiras) da máquina utilizada. O uso de pneus de maior largura e tratores com tração nas quatro rodas promove uma menor compactação do solo. Entretanto, outros fatores podem influenciar no processo de compactação, tais como: classe de solo, teor de umidade no momento de trafegar com as máquinas, sistema e frequência de irrigação e peso das máquinas, entre outros.
O tráfego de tratores acoplados com equipamentos de pulverização é mais preocupante no período chuvoso, devido ao excesso de umidade no solo, pois contribui para o processo de compactação do solo, devido à maior frequência da ocorrência de patinagem dos pneus. Nestas situações, a cobertura vegetal do solo é essencial, por condicionar o aumento do teor de matéria orgânica, com consequente melhoria da sua estruturação, diminuição da densidade global do solo e aumento na porosidade total, reduzindo assim os efeitos de adensamento e compactação.
Já no período de estiagem, as operações mecanizadas no parreiral são efetuadas com mais facilidade, inclusive as pulverizações.
A diminuição da largura entre as linhas de plantio, dificulta a locomoção de tratores e implementos a ele acoplados, que passam a trafegar muito próximo do sistema radicular da videira, podendo constituir-se em um fator de compactação de solo. Já a compactação provocada pelo carrinho de apoio à poda de “netos” é mínima, visto que esta operação é realizada em solo seco e o peso do equipamento mais o do operador é pequeno em relação ao do trator, além da sua tração ser manual.
Fotos: José Monteiro Soares (A) e José Barbosa dos Anjos (B).