Após o preparo da área e implantação do sistema de condução, procede-se a abertura das covas, com dimensões de 60 cm x 60 cm x 60 cm, procurando-se separar o solo mais superficial daquele de camadas mais profundas. No enchimento da cova, coloca-se, no fundo, o solo da camada mais superficial e, na parte de cima da cova, o restante do solo, misturado com os adubos e a matéria orgânica. As covas podem ser substituídas pela abertura de sulcos, com 40 cm de profundidade, no mesmo sentido das linhas de plantio, antes da instalação do sistema de irrigação e condução.

Sob condições irrigadas, o plantio pode ser realizado em qualquer época do ano. Entretanto, o plantio no período mais seco reduz a ocorrência de doenças e a necessidade de tratamentos fitossanitários. Em geral, as mudas podem ser levadas para o campo dois meses após a realização da enxertia ou o plantio das estacas do porta-enxerto.

Durante o período de crescimento e formação da planta jovem, é necessário realizar os seguintes tratos culturais: controle de formigas e fitossanitário, bem como das ervas daninhas por meio de capinas (o uso de herbicidas nesta fase não é recomendado, devendo-se recorrer à capina manual nas linhas de plantio ou em torno das plantas, complementando-se com o roço manual ou mecanizado nas entrelinhas); realização de adubação de cobertura por meio de fertirrigação ou diretamente no solo e irrigação.

Quando se realiza o plantio de mudas enraizadas de porta-enxerto, três brotações são mantidas, eliminando-se as demais por meio de desbrotas. As brotações são conduzidas de forma ereta amarrada a um tutor. Como tutor, podem ser utilizados a própria estaca do sistema de condução, barbante, vara de madeira ou bambu.

Fotos: Patrícia Coelho de Souza Leão (A) e Teresinha C. S. de Albuquerque (B).