Oídio

Conteúdo migrado na íntegra em: 22/12/2021

Autores

Rosemeire de Lellis Naves - Embrapa Uva e Vinho

Lucas da Ressurreição Garrido - Embrapa Uva e Vinho

 

Conhecido também por cinza ou mufeta, o oídio, causado pelo fungo Uncinula necator, pode atacar todos os órgãos verdes da planta como brotos, folhas e bagas que ficam recobertos por uma fina camada de pó cinzento, facilmente removida, formando manchas difusas. Nas folhas, os sinais do fungo podem ser encontrados tanto na face superior como na inferior. Flores e bagas pequenas atacadas secam e caem. As bagas mais desenvolvidas podem sofrer rachadura deixando as sementes expostas.

Períodos secos, quentes e com nebulosidade são as condições favoráveis ao desenvolvimento do oídio e baixa luminosidade ou luz difusa favorece o progresso da doença. As condições ótimas para a ocorrência da doença são temperaturas em torno de 25 °C e umidade relativa do ar entre 40 a 60%.

Algumas práticas culturais como um sistema de condução que não cause muito sombreamento e adubação nitrogenada equilibrada podem reduzir a severidade da doença e a necessidade de controle químico. Recomenda-se aplicações preventivas com produtos a base de enxofre ou produtos sistêmicos no início do aparecimento dos sintomas. Deve-se evitar a aplicação de produtos a base de enxofre nos horários com temperatura acima de 30 ºC, a fim de evitar sintomas de queimaduras nas plantas.

Em condições climáticas favoráveis, o oídio se desenvolve de maneira contínua a partir da brotação, pois as gemas infectadas no ciclo anterior servem como ponto de partida para a doença, originando, na ausência de controle, os focos primários de onde surgirão as próximas contaminações.

 

 Fotos: Olavo Roberto Sônego 
    
 Figura 1. Sintomas de oídio em ramo (A), bagas (B) e folha (C).