Agricultura e Meio Ambiente
Avaliação de risco
Autor
Deise Maria Fontana Capalbo - Embrapa Meio Ambiente
Atualmente observa-se que os procedimentos para controle de pragas estão mudando no mundo todo, com velocidade maior ou menor dependendo do estágio de desenvolvimento econômico e social de cada país. Vários fatores fazem esta mudança inevitável, entre eles o custo elevado para se desenvolver novas moléculas químicas, o aumento do rigor na legislação de alguns países quanto à presença de resíduos químicos em alimentos, e a preocupação da população quanto a efeitos adversos dos pesticidas químicos.
Assim, o número de novos produtos químicos no mercado diminuiu ao longo dos últimos anos. Por outro lado é crescente a necessidade de novos produtos ou formas de controle, motivada pelo aparecimento de resistência de pragas a pesticidas químicos e pelo surgimento de novas pragas. E este desbalanceamento entre a necessidade e a disponibilidade de alternativas é que tem impulsionado o desenvolvimento de técnicas que pode-se denominar, de forma geral, de biológicas: controle biológico clássico, que envolve principalmente a utilização de inimigos naturais; controle microbiano, que utiliza microrganismos (vírus, bactérias, fungos e protozoários), formulados ou não, capazes de causar doenças em insetos ou prevenir o estabelecimento de microrganismos causadores de doenças em plantas; modificadores de comportamento da praga, que exploram comportamentos específicos das pragas de forma a confundi-las ou alterá-las, conseguindo assim o seu controle (ex. feromônios); manipulação genética: técnica esta que tem seu alcance pela interferência na reprodução do inseto, na imunização da planta ao ataque de insetos selecionados ou no aumento da atividade microbiana de controle da praga. Entretanto, qualquer que seja a técnica biológica utilizada para uso no controle de pragas, ela não será livre de risco.
Foto: Luiz Alexandre Nogueira de Sá | |
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Embrapa Meio Ambiente |
Foto: Itamar Soares de Melo
Foto 3. Parasitismo de fungos
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Foto: Itamar Soares de Melo
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Figura 4. Pseudomonas putida: seu efeito no crescimento da planta em solo contaminado Embrapa Meio Ambiente |