Controle biológico clássico se refere à exploração, introdução, criação, liberação, estabelecimento e colonização de inimigos naturais de pragas, com o objetivo de reduzir o nível populacional de um determinado organismo indesejável. Estes trabalhos envolvem a transferência de organismos vivos de uma região para outra, ou mesmo de um país para outro, onde sempre corre-se o risco de introduzir organismos indesejáveis junto aos organismos benéficos. A garantia na segurança de cada introdução é de vital importância. Para tanto, a função do Laboratório de Quarentena "Costa Lima" é o intercâmbio internacional e a quarentena de agentes de controle biológico, aplicando com segurança, procedimentos quarentenários, criação e limpeza do material em laboratório.

 Foto: Marshal Johnson

Figura 1. Inseto predador da Cochonilha-rosada 

Como cooperação internacional atende aos pedidos de exportação de agentes de controle biológico para outros países. Colabora, também, com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA e com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente - IBAMA, fornecendo pareceres técnicos quanto a conveniência ou não da introdução de organismos exóticos. Mantém uma coleção de referência, contendo espécimes Voucher no museu do laboratório de quarentena, como testemunho do material recebido e para embasar futuros programas de controle biológico.

O aprimoramento do processo de avaliação de risco das introduções de agentes de controle biológico exóticos é feito através de: 1) uso de procedimentos de avaliação de risco e impacto sobre organismos nativos benéficos; 2) identificação de indicadores nativos de risco; 3) manutenção do Banco de Dados de Inimigos Naturais no Brasil; 4) gerenciamento de um sistema nacional de informações de controle biológico disponível via Internet, contendo uma lista de discussão e uma base de dados de interesse para o Laboratório de Quarentena. A conscientização pública para o perigo representado pela movimentação indevida de organismos vivos é realizada através da oferta de estágios, de cursos/workshops, de palestras e desenvolvimento de material didático.

Foto: Luiz Alexandre Nogueira de Sá

Figura 1. Criação de insetos em laboratório sobre plantas hospedeiras

Foto: Luiz Alexandre Nogueira de Sá

Figua 2. Laboratório de Quarentena