Agroenergia
Lignocelulósica
Autor
Talita Delgrossi Barros - Consultora autônoma
Resíduos agrícolas como bagaço e palha de cana-de-açúcar, cascas, gramíneas e resíduos florestais, que tradicionalmente são queimados ou descartados podem ser fontes de biocombustíveis, como o etanol.
O uso do bagaço da cana-de-açúcar, por exemplo, é uma forma de aumentar a produção do etanol sem aumentar a área plantada no país.
Constituídos entre 40% a 60% por celulose (polímero da glicose), 20% a 40% de hemicelulose (heteropolímero formado por pentoses, que são açúcares de cinco carbonos) e entre 10% a 25% de lignina, os resíduos vegetais formam uma estrutura complexa e compacta.
A lignina atua como uma cola entre a celulose e a hemicelulose, sendo necessário sua retirada, para que haja a conversão da celulose e hemicelulose em açúcares e, em seguida, a fermentação para a produção do álcool combustível.
O etanol lignocelulósico, conhecido também como bioetanol, tem sido uma aposta para aumentar significativamente a produção de etanol no Brasil.