Agroenergia
Finos
Autor
Talita Delgrossi Barros - Consultora autônoma
Os finos consistem em resíduos do carvão vegetal que são amplamente utilizados nas indústrias como fonte de energia. Para aproveitar estes resíduos, realiza-se a briquetagem, que consiste na carbonização dos resíduos na forma de partículas para, em seguida, compactá-las.
O resultado deste processo é o briquete (mistura de finos de carvão com aglutinantes) que é um bloco pequeno com forma pré-definida, no qual houve aplicação de pressão dentro de moldes matrizes, por meio de orifícios que estão entre cilindros rotativos ou outros artifícios similares. É importante que durante a prensagem exista uma relação entre as partículas, para que fiquem coesas e, assim, melhorarem o material de origem.
Os aglutinantes são substâncias indispensáveis para o processo de briquetagem do carvão tanto tecnicamente quanto economicamente.
Para que o briquete possua qualidade e economize-se aglutinante é necessário que as partículas de finos tenham uma distribuição granulométrica adequada. Os aglutinantes mais utilizados são de amido de milho. No Brasil, utiliza-se amido de mandioca devido a sua abundância.Existem os seguintes tipos de aglutinantes:
• Aglutinante tipo matriz (alcatrão e piche): formam uma matriz contínua.
• Aglutinante tipo filme (silicato de sódio, amido e melaço): utilizado como solução ou dispersão, e como solvente comum emprega-se a água.
• Aglutinante químico (silicato + CO2): a aderência depende das reações químicas dos compostos dos aglomerantes.
No Brasil, apesar de haver alta disponibilidade de matéria-prima para a briquetagem, a fabricação de briquetes é pequena, por causa do baixo preço do carvão vegetal.
A qualidade do briquete varia de acordo com a finalidade de seu uso. Na siderurgia, o briquete é utilizado como termo redutor e por isto precisa ter resistência a altas temperaturas. No uso doméstico, a característica mais importante é a baixa toxidez e a resistência ao manuseio, fácil transporte e estocagem.