A Caatinga apresenta uma diversidade de plantas de potencial ornamental pela beleza de suas flores e frutos ou mesmo pela arquitetura das árvores e coloração dos troncos. Os cactos e as bromélias já são utilizados na composição de jardins e cultivados em vasos, a exemplo das coroas de frade (Melocactus spp.), do mandacaru (Cereus jamacaru), das macambiras e dos gravatás. Essas plantas são apreciadas pelo formato e coloração do caule e folhas, e, quando florescem, tornam-se ainda mais atrativas (Figuras 1 e 2). Podem ser considerados como um grupo de grande potencial, sendo registrados cerca de 50 espécies de cactos e 43 espécies de bromélias que poderiam ser utilizadas para esse fim.
 

Entre as espécies de maior porte encontram-se a caraibeira (Tabebuia aurea), a carnaubeira (Copernicia prunifera), o juazeiro (Ziziphus joazeiro) e o pau ferro (Caesalpinia ferrea). Elas já podem ser vistas em programas de paisagismo de ruas e praças, por apresentar copas frondosas, troncos revestidos com cascas de texturas e coloração rajada que conferem à árvore um aspecto ornamental. Porém, outras espécies como a umburana de cambão (Commiphora leptophloeos), o pau d’arco (Handroanthus impetiginosus), o sete casca (H. spongiosus), as catigueiras (Poincianella microphylla e P. pyramidalis) e o angico (Anadenanthera colubrina) têm potencial para uso no paisagismo.

 

Entre os arbustos, destacam-se o quatro-patacas, as caliandras (Caliandra spp.) e moleque duro (Cordia spp.) que são indicados para compor cercas vivas.
 

Trabalhos com manejo e propagação de espécies da Caatinga de potencial ornamental ainda são poucos. A maioria das espécies tem sido utilizada de forma extrativista, o que vem causando a diminuição das populações naturais, principalmente de cactos.