Biologia reprodutiva e eventos fenológicos

Conteúdo migrado na íntegra em: 22/12/2021

Autor

Paulo Ernani Ramalho Carvalho - Consultor autônomo

 

Sistema sexual: Ceiba pentandra é uma espécie hermafrodita (BAWA et al., 1985) ou monóica (JOKER; SALAZR, 2000).

 

Sistema reprodutivo: a morfologia de C. pentandra permite que ocorra autopolinização dentro da mesma flor ou de flores vizinhas da mesma árvore. Apresenta sistema reprodutivo misto. Preferencialmente alógama, com taxa média de 0,689 de fecundação cruzada e de 0,311 de auto-fecundação (MURAWSKI; HAMRICK, 1992). 

 

Vetor de polinização: no Brasil, os vetores de polinização são vespas, abelhas, pequenos besouros, aves e notadamente morcegos (BAWA et al., 1985), principalmente, Phyllostomus hastatus, no Brasil (CARVALHO, 1961); em Gana, Epomophorus gambianus, Nanonycteris veldkampii e Eidolon helvum; no México, Artibeus jamaicensis e Leptonycteris nivalis; na Costa Rica, Phyllostomus discolor, Carollia perspicillata, Sturnira lilium, Artibeus jamaicensis, A. lituratus, A. phaeotis e Glossophaga sericina (BUTANDA-CERVERA et al., 1978). Morcegos da espécie Phyllostomus hastatus e P. discolor exercem papel relevante na polinização cruzada dessa espécie (GRIBEL et al., 1999).

Os grãos de pólen são fixados na antera por um tipo de óleo, dificultando a polinização anemófila. 

 

Floração: de agosto a setembro, no Acre, e em setembro, no Pará (CARVALHO, 1980). 

 

Frutificação: os frutos amadurecem de novembro a dezembro, no Pará (CARVALHO, 1980). O início do processo reprodutivo dá-se entre 3 e 4 anos. 

 

Dispersão de frutos e sementes: as sementes dessa espécie são leves e transportadas com a paina, pelo vento.