Mercado Internacional

Conteúdo migrado na íntegra em: 22/12/2021

Autores

Claudenor Pinho de Sá - Consultor autônomo

Francisco de Assis Correa Silva - Embrapa Rondônia

 

O Setor madeireiro, recentemente, passou a ter maior destaque na composição das exportações brasileiras, atingindo patamares da ordem de U$ 4.25 bilhões, como o ocorrido em 2002. Deste total, 48%, referem-se a polpa e papel, e 52% a produtos de madeira sólida. No mesmo ano, o setor contribuiu com mais de 7% nas exportações e foi responsável por um superávit de 28% na balança comercial do país. Este crescimento das exportações nos últimos 10 anos de madeira serrada tem se mantido na ordem de 14% ao ano. Fato perfeitamente justificável, pois neste período a indústria florestal abriu novos mercados como a China, que deverá continuar a aumentar sua demanda por produtos na forma de inacabados de origem florestal (commodity), e os Estados Unidos, com móveis (55%) e madeira serrada (36%).

Diante do cenário, sob a perspectiva de crescimento contínuo da participação no mercado internacional, se fez necessário um esforço concentrado da iniciativa privada e do governo visando promover e assegurar suprimento a longo prazo e ganhar novos mercados, defendendo os interesses comerciais e melhorando as condições de acesso aos mercados. Dentre os principais cenários atuais, está a demanda por produtos certificados. Embasados em preocupações em torno do aquecimento global e de desenvolvimento sustentável, órgãos reguladores de políticas ambientais, principalmente, compostos por instituições governamentais e não governamentais, apresentaram novos mecanismos de política florestal. Dentre eles está a certificação de manejo florestal sustentável, onde organizações privadas concedem às empresas florestais e à rede comercial das empresas madeireiras e de papel o direito de caracterizar seus produtos de madeira com um selo de qualidade da matéria-prima.