Exploração

Conteúdo migrado na íntegra em: 22/12/2021

Autor

Henrique José Borges de Araújo - Consultor autônomo

 

fOs trabalhos de exploração florestal são, normalmente, iniciados nos meses de maio ou junho, estendendo-se até setembro a outubro. Nesse período, as atividades de manejo florestal são perfeitamente compatibilizadas com as outras atividades do calendário agrícola dos produtores (agricultura, pecuária e extrativismo), além das condições climáticas serem mais favoráveis, pois é o período da estiagem amazônica.

A exploração florestal é constituída, basicamente, por três operações realizadas em sequência: a) corte da árvore; b) desdobro (transformação da tora em peças serradas no próprio local do corte); e, c) retirada, por tração animal, da madeira serrada até a via de escoamento.

As operações de exploração florestal são caracterizadas pela simplicidade operacional, dispensando investimentos elevados e de fácil assimilação e domínio por parte do produtores manejadores. Outro aspecto importante é sua ação pouco agressiva à floresta, pois os danos são muito menores quando comparados com uma exploração convencional mecanizada. A exploração é realizada sem utilização de máquinas pesadas. As árvores são derrubadas de maneira a reduzir ao máximo o dano na floresta através de derrubada orientada, (direcionamento da queda da árvore para o lado que houver menor ocorrência de outras árvores).

O processamento primário das toras (desdobro em peças de madeira serrada, tais como tábuas, vigas, etc.) é executado ainda dentro da floresta, utilizando serrarias portáteis ou motosserras. O transporte primário (arraste) da madeira processada, da mata até as vias de escoamento, é realizado por animais.Após a exploração, desdobro das toras em peças serradas e transporte primário, a madeira é comercializada e transportada em caminhões por rodovias até os centros de processamento e consumo.

O sistema de manejo florestal proposto, além de operações de exploração propriamente ditas, compõe-se ainda das seguintes etapas: a) inventário pré-exploratório em 100% dos compartimentos a serem explorados; b) tratamento silvicultural de corte de cipós; c) inventário contínuo por meio de parcelas amostrais permanentes (tem como objetivo monitorar a floresta principalmente quanto ao crescimento volumétrico e o comportamento da regeneração natural); e, d) avaliação de danos da exploração quanto à abertura de clareiras e trilhas de arraste, árvores danificadas, etc.