O cultivo de células somáticas é realizado com sucesso a mais de um século. A partir de uma biópsia do animal, é possível ampliar o número de células disponível e facilitar a análise em nível molecular de indivíduos de interesse. Além disso, existem outras aplicações, como caracterizar diferentes tipos celulares ex vivo, manipulações genéticas diversas, produção de proteínas exógenas, etc.

No contexto da reprodução animal, a tecnologia tem aplicações importantes. O cultivo permite isolar populações relativamente homogêneas de células (ex. fibroblastos), que podem ser utilizadas para clonagem por Transferência Nuclear (TN). Com o advento da TN, os bancos de células somáticas tornaram-se uma fonte de material para regeneração de indivíduos de raças, populações, ou genótipos que apresentam características de interesse. Essas também podem ser utilizadas para TN após prévia manipulação genética (transgênese).

Esta tecnologia também se torna de grande interesse quando objetiva-se isolar e caracterizar células-tronco, especialmente em animais de produção, onde não se conhece o(s) mecanismo(s) de manutenção da pluripotência in vitro. Por isso, o uso do co-cultivo é fundamental para garantir o cultivo inicial destas células e posterior investigação das suas exigências para o cultivo de forma eficiente e indefinida.