Produção in vivo

Conteúdo migrado na íntegra em: 22/12/2021

Autores

Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia

Laboratório de Reprodução Animal

 

A produção in vivo de embriões bovinos, também conhecida como Transferência de Embriões (TE) consiste na estimulação hormonal dos ovários (superovulação ou indução de ovulações múltiplas) de uma vaca, doadora, para induzir o desenvolvimento e a maturação de vários folículos simultaneamente. O tratamento superovulatório (SOV) é iniciado entre 8 a 12 dias após o cio base ou usando implantes de progestágenos. De seis a oito dias após a monta natural ou a inseminação artificial (IA), os embriões são coletados através de uma lavagem uterina e transferidos (inovulados) para outras vacas, receptoras, que deverão levar a gestação a termo.

Para a produção animal, os aspectos mais importantes da TE são:

  •  expansão genética rápida em núcleos de vacas pré-selecionadas;
  • aumento da intensidade de seleção nas fêmeas;
  • transporte internacional de germoplasma sem risco de transmissão de doenças;
  • pesquisas de interação genótipo-ambiente e de interação materno-fetal;
  • conservação de raças em perigo de extinção pela criopreservação;
  • e comércio de embriões.

 

Para a TE ser bem sucedida alguns aspectos devem ser levados em consideração, tais como estado nutricional e fisiológico da doadora, qualidade dos hormônios e adequação de protocolos de SOV para os animais, assim como a qualidade do sêmen do reprodutor usado no acasalamento. Além disso, deve-se levar em conta que os resultados de SOV podem ser relativamente imprevisíveis, especialmente quando não se tem histórico das doadoras. Segundo a bibliografia, cerca de um quarto dos animais escolhidos como doadoras não respondem à SOV, um quarto responde muito bem e metade respondem de maneira intermediária.