Aspetos gerais

Conteúdo migrado na íntegra em: 22/12/2021

Autor

Luis Carlos Hernani - Embrapa Solos

 

A região Sudoeste do Brasil Central tem razoável capacidade de armazenamento de grãos proporcionada por instituições oficiais (CONAB) e privadas. O armazenamento adequado evita perdas, preserva a qualidade dos alimentos e supre as demandas na entressafra, sendo, portanto, fundamental para sustentabilidade das atividades econômicas envolvidas. Alguns consultores estimaram, no entanto, que em 2005, essas perdas chegaram a 3% do total produzido no país.

A região tem bons meios e capacidade de transporte, especialmente de soja, milho e algodão e seus co-produtos. O sistema hidroviário é um dos mais bem dotados do país. Há, por exemplo, condições de que toda a soja produzida no Estado de Goiás seja transportada por meio do complexo hidroviário Paranaíba-Paraná-Tietê a partir do complexo de São Simão, GO. O Terminal Hidroviário Caramuru tem estrutura para carregamento e capacidade de expedição de soja e farelo de soja, de 500 t/hora. O sistema ferroviário também tem exercido excelente papel nos últimos anos na região (Figura 1), haja vista o projeto Ferronorte que deverá interligar o Centro-Oeste e a Amazônia Legal ao Sul do Brasil e que, em sua primeira fase, já concluída, de 410 quilômetros interliga Aparecida do Taboado, MS a Alto Taquari, MT é uma das mais modernas do mundo.

 

Figura 1. A Ferrovia Norte Brasil - Ferronorte.
Fonte: Ferronorte

 

O principal meio de transporte ainda é o rodoviário pois a região conta com razoável malha rodoviária (ex. as rodovias federais BR 070, 158, 163, 359 e 364, entre outras) por onde a maior parte da soja, milho e algodão tem sido transportada (Figura 2). No entanto, o escoamento da produção tem sido frequentemente apontado como um dos principais gargalos da cadeia agropecuária na região, porque embasado no transporte rodoviário cujas rodovias nem sempre estão em bom estado de conservação.

 

Figura 2. Estradas da Região Sudoeste do Brasil Central.
Fonte: Adaptado de Google Earth

 

A região conta com boa estrutura de transformação de produtos (óleo e farelo de soja, algodoeiras, sub-produtos de milho, etc.) e um comércio ativo tanto de insumos quanto da produção agrícola por empresas multinacionais que podem absorver os principais produtos de soja, milho e algodão, do que se infere não existir limitação quanto aos aspetos da pós-produção para o desenvolvimento do Sistema Santanna na região Sudoeste do Brasil Central.