Sistema Plantio Direto
Nabo Forrageiro
Autor
Luis Carlos Hernani - Embrapa Solos
O nabo forrageiro tem crescimento inicial rápido e elevado efeito supressor sobre plantas daninhas, especialmente, as de folhas largas. Sua fitomassa tem fácil e rápida decomposição devido à baixa relação carbono/nitrogênio (C/N), disponibilizando, de imediato, nutrientes às culturas subsequentes. As suas raízes influenciam as condições físicas do solo, atuando, especialmente, sobre a descompactação, tornando o solo mais permeável e solto.
No Sistema Santanna o nabo forrageiro é cultivado, simultaneamente, em duas das glebas, todos os anos, portanto, no período outono-inverno essa cultura ocupa cerca de 66% da área total (Figura 1).
Figura 01. Distribuição espaço-temporal das culturas do Sistema Santanna. |
Após a colheita da cultura de verão, que ocorre normalmente no mês de março, faz-se a dessecação da cobertura vegetal (plantas daninhas). Neste caso, aplicam-se simultaneamente: glifosato (960 g/ha) + flumioxazin (15 g/ha) + óleo mineral (0,4 L ha-1). A pulverização é por via terrestre usando pulverizador, com bicos do tipo leque (comum XR 110-05), pressão de 300 Bar, volume de aplicação de 100 L ha-1.
Entre dez e quinze dias após a dessecação, semeia-se o nabo forrageiro, cultivar "AL 1000", no espaçamento entre linhas de 45,5 cm e densidade de 51 sementes por metro de linha, ou seja, em torno de 12 kg ha-1 de sementes (germinação entre 60-80 %).
A colheita é realizada apenas em área suficiente para a produção de grãos a serem usados como "sementes" na semeadura, no ano seguinte. A colheita é mecanizada e, em geral, realizada em agosto, com a mesma colheitadora utilizada na colheita de soja.