Sistema Plantio Direto
Ao Solo
Autor
Luis Carlos Hernani - Embrapa Solos
Ao longo dos primeiros quatro a seis anos, após a adoção do Sistema Plantio Direto (SPD) os recursos naturais (solo, água, plantas, animais) no sistema produtivo ou no seu entorno, irão sofrer modificações. Essas alterações muitas vezes tem sido interpretadas como pouco positivas tais como o adensamento superficial do solo ou compactação, a necessidade de dose mais elevada de nitrogênio para o milho, o custo mais elevado com o controle de plantas daninhas, etc.
Mas, como se verificará nos textos seguintes, tais alterações são apenas parte da dinâmica da adaptação, principalmente do solo e das plantas, ao novo modo de manejar a terra. Essas mudanças exigem, nos primeiros anos, cuidados específicos e diferentes dos que vinham sendo realizados na agricultura convencional. Regulagens e controles de funcionamento de máquinas e equipamentos, uso de produtos fitossanitários, formas de manejo de diferentes espécies de plantas, como a consorciação e rotação de culturas e muitos outros aspectos de gestão devem ser aprendidos ou atualizados.
Ao final desse período, mudanças favoráveis e efeitos benéficos então surgirão efetivamente. Mas, para que esses benefícios ocorram são prioritárias: a conscientização, a paciência e a persistência na gestão do sistema de produção.
Os benefícios do SPD sobre a química, a física e a biologia do solo, bem como os efeitos sobre o controle da erosão são discutidos nos textos seguintes.