Artesanato

Conteúdo migrado na íntegra em: 09/12/2021

Autor

Patrícia Guimarães Regueira da Silva Lessa - Consultora autônoma

 

A atividade artesanal do Estado de Pernambuco é uma importante alternativa de geração de ocupação e renda, contribuindo para a melhoria das condições de vida das populações envolvidas. A produção artesanal é encontrada na maioria dos municípios pernambucanos, nas mais diversas tipologias, como também em variadas formas de apresentação.

A diversidade cultural que caracteriza o estado é observada com grande intensidade na produção de artesanato que destaca Pernambuco no cenário nacional e eleva os artesãos à condição de formadores e disseminadores da cultura regional e brasileira. Mais que um sentimento em relação à produção artística e cultural, Pernambuco produz dados que comprovam essa vocação.

Segundo registros do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o artesanato movimenta anualmente cerca de 28 bilhões de reais, ou 2,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Para ilustrar a importância de Pernambuco nesses números, observe-se que apenas na realização da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), no ano de 2010, foram gerados 28 milhões de reais em dez dias de realização. Trata-se, é verdade, da maior feira de artesanato da América Latina, mas esse é também um dado que reforça a importância dessa cadeia produtiva na economia pernambucana.

O Território da Mata Sul Pernambucana contribui com sua diversificada produção artesanal em cerâmicas, esculturas em madeira, trabalhos em fibras de coco, palha e fibra de bananeira, conchas e escamas de peixes. Nessa região, ao tempo em que fortalece a economia de seus municípios, o artesanato permite a preservação da identidade cultural de suas populações.

Por intermédio de cadastro realizado pelo Programa do Artesanato de Pernambuco, em 2007, foram identificados 680 artesãos nos 24 municípios que compõem a região. Torna-se fundamental, portanto, definir políticas públicas claras para o setor que a cada dia se apresenta como opção aos desafios enfrentados pelos gestores desses municípios. Aos órgãos governamentais, cabe a responsabilidade de apoiar com ações que fomentem a comercialização e a qualificação dos artesãos.