A Mata Sul Pernambucana é uma região que apresenta condições favoráveis para o desenvolvimento da fruticultura, no entanto, o uso de irrigação em alguns anos torna-se necessário, uma vez que a irregularidade na distribuição das chuvas, apesar da elevada precipitação pluviométrica anual, pode comprometer a produção. Depois da cana-de-açúcar, a fruticultura é a segunda atividade agrícola mais importante da Mata Sul. De acordo com o IBGE (2009), a banana e o coco são as principais espécies cultivadas com 86,1 e 13,4 mil toneladas, respectivamente. A área plantada com as principais fruteiras é de 13.021 ha, desse total 77% são destinados ao cultivo da bananeira e 16% à cultura do coco. O restante é ocupado com cultivos de maracujá, mamão, limão, laranja e goiaba, que têm importância apenas nas áreas de agricultura de base familiar. Além da banana, coco, limão e maracujá, outras espécies nativas e naturalizadas apresentam enorme relevância para as populações locais, sobretudo pelo extrativismo praticado que garante renda para as famílias, como a mangaba, cajá, caju, sapoti, jaca, manga, fruta-pão, araçá, pitomba, azeitona. Áreas plantadas com fruteiras exóticas como graviola e acerola têm aumentado sensivelmente na região e seus produtos abastecem as agroindústrias locais e da Região Metropolitana do Recife.

Das fruteiras cultivadas e com potencial para a Zona da Mata de Pernambuco, existem recomendações técnicas ou sistemas de produção, gerados pelo Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) e Embrapa, para banana, abacaxi, pitanga, sapoti, maracujá, graviola. Para outras, como caju, acerola, manga, mangaba, coco e limão, recomenda-se o uso de sistemas de produção gerados para regiões com características de clima e solo semelhantes.

Algumas fruteiras de importância agroindustrial, como por exemplo, pitanga, acerola e graviola, devem ter seus plantios associados às fábricas de polpas, sorvetes e sucos que irão absorver a produção.