Território Mata Sul Pernambucana
Pragas
Autores
João Emmanuel Fernandes Bezerra - Consultor autônomo
Ildo Eliezer Lederman - Consultor autônomo
Rosimar dos Santos Musser - Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE
Elizabeth Araújo de Albuquerque Maranhão - Instituto Agronômico de Pernambuco - IPA
Fábio César - Consultor autônomo
As principais pragas que podem prejudicar sensivelmente o abacaxizeiro na Zona da Mata de Pernambuco são:
•Cochonilha (Dysmicoccus brevipes) – geralmente são introduzidas nas plantações pelas mudas já contaminadas e, por isso, o controle depende de uma série de medidas integradas:
•Utilização de mudas sadias.
•Após a seleção das mudas, realizar a cura, ou seja, deixá-las expostas ao sol com a base voltada para cima por 1 a 2 semanas.
•Tratar as mudas por imersão com inseticida + espalhante adesivo por 5 minutos. Após o tratamento, deve-se deixar escorrer o líquido excedente. Um tratamento alternativo consiste em tratar as mudas por formigação, cobrindo as mesmas com uma lona plástica e aplicando um grama de fosfina/metro/ cúbico durante 72 horas.
•Durante o desenvolvimento das plantas, são necessárias mais três outras pulverizações, aos 60, 150 e 240 dias após o plantio.
•Destruir os restos da cultura anterior para eliminar os focos de infestação da praga.
•Manter a cultura livre de plantas daninhas para diminuir a ocorrência de formigas-doceiras que vivem em simbiose com a cochonilha.
•Ácaro alaranjado (Dalichotetranychus floridanus) – o ácaro pode ser controlado com as mesmas medidas recomendadas para o controle da cochonilha no tratamento das mudas e no ciclo vegetativo.
•Broca-do-talo ou do caule (Castnia icarus) – monitorar periodicamente a cultura para arrancar e queimar as plantas atacadas com a finalidade de destruir as larvas. Essa prática deverá ser adotada por todos os produtores da região a fim de diminuir o nível populacional da praga. Como a broca-do-talo pode ocorrer durante todo o ciclo da cultura, o controle químico torna-se oneroso.
•Broca-do-fruto (Strymon basalides) – realizar aplicações semanais com inseticidas, desde o início do florescimento (aproximadamente 40 dias após a indução floral) até o fechamento completo das flores. È recomendado utilizar mais de um produto, alternando, para evitar o surgimento de resistência. Obedecer rigorosamente ao período de carência entre a última aplicação e a colheita.