Banana

Conteúdo migrado na íntegra em: 09/12/2021

Autores

Luiz Gonzaga Bione Ferraz - Consultor autônomo

Geraldo Majella Bezerra Lopes - Instituto Agronômico de Pernambuco - IPA

Josué Francisco Silva Júnior - Embrapa Tabuleiros Costeiros

 

A bananeira é a mais importante frutífera cultivada e a de maior expressão econômica e social para a Mata Sul de Pernambuco. Essa microrregião é a segunda maior produtora de banana do estado, com capacidade média estimada em mais de 86 mil toneladas anuais, o que corresponde a 20% do total (Tabela 1). A produção dos municípios dessa região demonstra que quatro deles: Quipapá, Palmares, Amaraji e Catende são responsáveis por quase 70% do total da Mata Sul, cuja área cultivada com bananeira é superior a 10 mil hectares.

Foto: Josué Francisco, 2011

  

Figura 1. Bananeira da variedade comprida produzida no Territorio da Mata Sul


Tabela 1. Produção e área plantada com banana nos municípios da Mata Sul Pernambucana, 2009.

Município

Produção         (t)

Área plantada     (ha)

Água Preta

4.290

330

Amaraji

7.500

1.000

Barreiros

1.680

210

Belém de Maria

2.400

300

Catende

5.600

240

Cortês

3.120

700

Escada

540

90

Gameleira

Jaqueira

2.000

250

Joaquim Nabuco

1.035

115

Maraial

1.800

180

Palmares

12.000

1.200

Primavera

1.600

200

Quipapá

34.000

4.000

Ribeirão

3.525

470

Rio Formoso

440

55

São Benedito do Sul

3.000

400

São José da Coroa Grande

94

12

Sirinhaém

480

60

Tamandaré

70

10

Xexéu

900

100

Total da Mata Sul Pernambucana

86.074

10.072

Total de Pernambuco

437.155

42.959

Fonte: IBGE (2011).

 

O cultivo da bananeira na Mata Sul de Pernambuco é feito, predominantemente, por pequenos produtores. O rendimento dos bananais dessa região é considerado extremamente reduzido e a bananicultura praticada ainda é de baixo nível tecnológico. As cultivares utilizadas são inadequadas, com baixa produtividade, porte elevado e suscetíveis às principais pragas e doenças.

Pacovan e a Prata são as cultivares predominantes, e a elevada incidência da sigatoka amarela, uso de cultivares com características agronômicas indesejáveis, além da dificuldade de crédito bancário, têm sido os principais empecilhos para o desenvolvimento da bananicultura da região.

A maior parte da produção é para o consumo in natura e abastecimento do mercado local, no entanto alguns bananicultores da Mata Sul também abastecem o mercado do Grande Recife (Ceasa, cadeias de supermercados e feiras).

Em 2010, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) e Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) publicaram um sistema de produção que reúne as tecnologias disponíveis para a cultura da banana para uso imediato nas regiões produtora da Zona da Mata Sul do estado.