Produção, Colheita e Comercialização

Conteúdo migrado na íntegra em: 09/12/2021

Autores

José Severino de Lira Júnior - Instituto Agronômico de Pernambuco - IPA

João Emmanuel Fernandes Bezerra - Consultor autônomo

Ildo Eliezer Lederman - Consultor autônomo

 

Geralmente, as cajazeiras enxertadas iniciam sua produção a partir do quarto ano após o plantio. Em condições favoráveis de cultivo cada planta pode produzir cerca de 40 kg, totalizando aproximadamente 6,2 toneladas de frutos por hectare, adotando o espaçamento de 8 m x 8 m. Nos anos posteriores a produção aumenta gradativamente, estabilizando-se a partir do oitavo ano.

A frutificação ocorre somente uma vez por ano, entre os meses de novembro a janeiro, com maturação a partir de março, cuja colheita pode se estender até maio. Pode haver alteração no período de produção em função de plantas precoces ou tardias, caso tenha sido utilizado enxertos (garfos) de diferentes copas.  A variação das condições climáticas e o manejo cultural adotado também influenciam esse período.

Os frutos devem ser colhidos ainda na planta logo após adquirirem a coloração alaranjada. Recomenda-se acondicioná-los em caixas plásticas próprias para colheita. As colheitas devem ser realizadas periodicamente, pois o fruto maduro caído no chão é atacado por insetos e a polpa entra rapidamente em processo fermentação, tornando-se imprestável para comercialização.

De acordo com o calendário da Ceasa-PE, a oferta de cajá é forte nos meses de março a junho (período de safra), com tendência de preços mais baixos e melhor qualidade de fruto. No mês de julho sua disponibilidade é regular, cuja variação de preço ocorre pela procura dos próprios consumidores. Nos meses de janeiro, fevereiro, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro, o cajá fica ausente ou escasso com elevação de preços, pois o produto encontra-se em início ou final de safra. Os principais municípios fornecedores de cajá para a Ceasa-PE são: Cabo de Santo Agostinho, PE; Vitória de Santo Antão, PE; Bonito, PE e Açu, RN.