Entre as espécies de anonáceas mais conhecidas e exploradas comercialmente no Brasil, a graviola (Annona muricata L.) é a mais difundida nas regiões tropicais, sendo por esta razão cultivada principalmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Sua exploração, antes restrita a pequenas áreas de sítios e chácaras, vem ganhando nos últimos anos características empresariais com a incorporação de modernas técnicas de cultivo e o conhecimento de toda sua cadeia produtiva.

Um dos fatores que mais contribuíram para esse salto qualitativo e quantitativo, verificado nos últimos anos, foi sem dúvida a instalação de pequenas e médias unidades de processamento do fruto e, sua comercialização sob forma de pasta e polpa congelada. Como a demanda tem sido maior que a oferta, verifica-se em quase todas as regiões tradicionalmente produtoras, um aumento considerável da área plantada com esta anonácea com vistas a atender todo esse mercado potencial.

O advento e a utilização generalizada dos congeladores industriais e domésticos, aliados a uma maior oferta de frutos, também contribuíram significativamente para uma maior disseminação da graviola nas outras regiões do País, principalmente no sul e sudeste do Brasil, onde esta anonácea é ainda pouco conhecida.

Em razão da boa aceitação da fruta pelo mercado, nacional e externo, atraído pelo sabor exótico e aroma singular, as perspectivas de expansão da área com a gravioleira são grandes. Entretanto, essa expansão só será alcançada e o cultivo devidamente consolidados, uma vez solucionados alguns dos mais sérios problemas enfrentados atualmente pelo produtor; problemas estes que vão desde a adoção de novas tecnologias com vistas ao aumento da produtividade até, o controle integrado das pragas e doenças que comprometem significativamente a produção e depreciam a qualidade do fruto.