Irrigação

Conteúdo migrado na íntegra em: 09/12/2021

Autor

Mairon Moura da Silva - Universidade Federal do Agreste de Pernambuco

 

A utilização da irrigação em áreas onde as chuvas não são bem distribuídas ao longo do ano permite uma produção contínua e uniforme, com frutos de boa qualidade. Com a utilização da irrigação a produtividade pode chegar a 45 t/ha de acordo com o nível tecnológico de manejo da cultura. A falta de água no maracujazeiro reduz o crescimento foliar, produção de flores, tamanho do fruto e porcentagem de frutos. A irrigação pode ser feita por superfície, aspersão e localizada. Com a utilização da aspersão, deve-se evitar a irrigação no período da tarde para não prejudicar a polinização.

Na irrigação localizada com sistema de gotejamento e microaspersão, a manutenção do solo próxima da capacidade de campo, favorece a absorção contínua de água. O uso da microaspersão exige que a poda dos ramos seja realizada 40 a 50 cm acima da superfície do solo. O gotejamento não favorece a formação de microclima e não molha a parte aérea da planta, reduzindo a incidência de doenças. Os gotejadores em número de um a dois por planta devem ser dispostos de 0,2 m (solo arenoso) a 0,4 m (solo argiloso) da planta ao longo da fileira de plantas. Para manutenção de um teor de água no solo satisfatório recomenda-se o intervalo de um dia entre irrigações.

O potencial de água do solo não pode estar abaixo da faixa de - 13 a - 20 KPA para uma boa produção. A falta de água é considerada um dos maiores entraves para uma produção máxima.

O produtor deverá procurar um engenheiro agrônomo ou agrícola para um estudo detalhado das condições de clima, solo e água disponíveis, e elaboração de um projeto adequado a sua área. Assim, o projeto possibilitará o melhor aproveitamento da água e eficiência do sistema.