Território Mata Sul Pernambucana
Aspectos Botânicos, Clima e Solo
Autores
José Severino de Lira Júnior - Instituto Agronômico de Pernambuco - IPA
João Emmanuel Fernandes Bezerra - Consultor autônomo
Ildo Eliezer Lederman - Consultor autônomo
A pitangueira que pertence à espécie Eugenia uniflora L, é um arbusto denso, com altura entre 2 e 4 m, podendo atingir de 6 a 9 m, ramificada, copa apresentando de 3 a 6 m de diâmetro com formato arredondado, folhagem persistente ou semidecídua, sistema radicular profundo, com raiz pivotante e grande volume de raízes secundárias e terciárias.
A frutificação da pitangueira ocorre duas vezes ao ano, na Zona da Mata de Pernambuco, sendo a primeira entre os meses de março e maio, verificando-se pico em abril, e a segunda, se não houver déficit hídrico, entre os meses de agosto e dezembro, com pico em outubro.
Apesar de se adaptar ao cultivo em regiões de climas temperado e subtropical de diferentes altitudes, o crescimento e desenvolvimento da pitangueira são ideais em regiões de clima tropical quente e úmido. Apresenta-se tolerante à seca quando cultivada em condições de déficit hídrico, no entanto a frutificação é prejudicada, culminando com a queda de frutos. Desenvolve-se bem em condições semiáridas, desde que haja condições mínimas de umidade no solo, porém, apresenta-se susceptível à salinidade. A pitangueira apresenta adequado crescimento nos mais variados tipos de solo, como os arenosos, areno-argilosos, argilo-arenosos e pedregosos.