Calagem e Adubação

Conteúdo migrado na íntegra em: 09/12/2021

Autores

José Severino de Lira Júnior - Instituto Agronômico de Pernambuco - IPA

João Emmanuel Fernandes Bezerra - Consultor autônomo

Ildo Eliezer Lederman - Consultor autônomo

 

De acordo com o resultado da análise de solo, verificam-se as necessidades de aplicações de calcário e fertilizantes minerais e/ou orgânicos. Caso haja necessidade da realização de calagem, deve-se utilizar o calcário dolomítico, visando o fornecimento de magnésio às plantas. A aplicação, a lanço em área total, deve ser realizada de 30 a 60 dias antes do plantio das mudas, entre as operações de aração e gradagem.

As quantidades de fertilizantes minerais a serem utilizadas nas adubações de plantio, crescimento e produção, devem ser calculadas de acordo com a recomendação de adubação para pitangueira, mostrada na Tabela 1, levando-se em consideração os teores de nutrientes encontrados no solo.

Tabela 1. Recomendação de adubação para pitangueira na Zona da Mata de Pernambuco.

 

Teores no solo

Implantação

 

Idade (ano)

Plantio

Crescimento

 

A partir do 4º

 

-----------------------------------g/planta---------------------------------

                                                                     Nitrogênio (N)

(não analisado)

-

20

60

150

240

 

 

 

Fósforo (P205)

 

 

--mg dm-3 de P--

 

 

 

 

 

< 9

60

-

40

110

150

9 – 15

40

-

30

80

120

> 15

30

-

20

60

100

 

 

 

Potássio (K20)

 

 

-cmolc dm-3 de K-

 

 

 

 

 

< 0,08

-

30

80

200

310

       0,08 - 0,15

-

20

60

150

240

 > 0,15

-

20

50

120

200

Fonte: Cavalcanti et al. (1998)

 

Na adubação de fundação, realizada de 30 a 60 dias antes do plantio, deve-se misturar, com a camada de solo superior de cada cova, todo o fósforo e 10 litros de esterco bovino curtido, ou a quantidade equivalente de outro fertilizante orgânico. Ainda no primeiro ano, na fase de crescimento das mudas, as quantidades de nitrogênio e potássio devem ser parceladas em duas vezes, durante a estação chuvosa. Em cultivos irrigados, as adubações nitrogenada e potássica devem ser feitas em três a quatro aplicações anuais.

A partir do segundo ano, após o plantio, as quantidades de nitrogênio e potássio utilizadas nas adubações em cobertura devem ser parceladas em três aplicações, durante o período das chuvas, enquanto, todo o fertilizante fosfatado deve ser aplicado de uma só vez junto com as primeiras doses de nitrogênio e potássio.

Com exceção da adubação de plantio realizada diretamente na cova, recomenda-se que as adubações posteriores sejam realizadas na área sob a projeção da copa das pitangueiras, numa faixa circular, afastada do caule cerca de 30 cm. A adubação orgânica deve ser praticada anualmente, no início da estação chuvosa, com a mesma dose aplicada no plantio. Ao final de cada adubação, deve-se incorporar ao solo os adubos numa profundidade de 5 a 10 cm, evitando-se a perda de nutrientes por lixiviação.