Território Mata Sul Pernambucana
Colheita e Pós Colheita
Autores
José Severino de Lira Júnior - Instituto Agronômico de Pernambuco - IPA
João Emmanuel Fernandes Bezerra - Consultor autônomo
Ildo Eliezer Lederman - Consultor autônomo
A produção de frutos de pitanga, geralmente, inicia-se a partir do segundo ano após o plantio de mudas enxertadas. Porém, a produção comercial ocorre a partir do terceiro ano, aumentando gradativamente até o sexto, quando se estabiliza.
Em condições favoráveis de cultivo, a colheita concentra-se em duas épocas do ano. A maturação dos frutos ocorre em cerca de 50 dias após a floração, podendo haver alteração no período de produção, em função de plantas precoces ou tardias, condições climáticas e manejo cultural.
Os frutos devem ser colhidos ainda na planta, cuidadosamente, de forma manual logo após adquirirem a coloração avermelhada. Recomenda-se acondicioná-los em caixas plásticas próprias para colheita, revestidas com esponjas nas partes laterais internas, permitindo a formação de uma coluna de frutos de 15 cm. As colheitas devem ser realizadas periodicamente, pois, a queda do fruto maduro ocasiona a ruptura da película, e a polpa entra rapidamente em fermentação.
Após a colheita, as caixas com frutos devem ser transportadas para um local sombreado e protegidas com lonas ou plástico, evitando que os frutos sofram queimaduras pela exposição direta aos raios solares, lesões e deposição de poeira. A pitanga madura é altamente perecível, dificultando sua conservação e armazenamento ao natural, o que dificulta o seu transporte e comercialização a grandes distâncias. Depois de colhidos, os frutos maduros suportam, no máximo, 24 horas em temperatura ambiente.
Plantas de pitangueira não irrigadas com 11 anos de idade, selecionadas pelo IPA, apresentaram variação no rendimento médio de produção de 15,0 a 20,8 kg de pitanga por ano. Em condições irrigadas, registram-se produções de 9 t/ha em plantios comerciais com idade acima de seis anos.