Território Mata Sul Pernambucana
Cultivar
Autores
José Severino de Lira Júnior - Instituto Agronômico de Pernambuco - IPA
João Emmanuel Fernandes Bezerra - Consultor autônomo
Ildo Eliezer Lederman - Consultor autônomo
Levando-se em consideração os altos custos de investimentos para implantação de um pomar, onde a maioria deles é formada de mudas do tipo “pé-franco” ou que quando enxertadas as mudas são originadas de matrizes não identificadas, cuidados especiais devem ser tomados na escolha da cultivar a ser plantada, a fim de evitar sérios prejuízos na formação dos pomares, em consequência da baixa produção e da má qualidade do fruto, que poderão advir desta prática hoje utilizada.
Na cultura da pitanga, é bastante limitado o número de cultivares plantadas nas principais regiões produtoras. A única cultivar conhecida é a Tropicana, lançada pelo Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) e recomendada para plantio na Zona da Mata de Pernambuco. A planta é um arbusto com altura variando de 2,0 a 2,5 m, de copa arredondada e diâmetro em torno de 3,9 m. O rendimento médio anual de plantas cultivadas em condições de sequeiro é de 7.038 frutos/planta, o que corresponde a uma produção de 20,8 kg.
O fruto, quando maduro, apresenta película de coloração vermelho-escuro brilhosa, peso médio variando de 3,0 a 4,5 g, com duas a três sementes. Tem polpa avermelhada com teor de sólidos solúveis totais (SST) de 9°Brix, acidez de 2,2% e relação SST/acidez de 4,1. As colheitas geralmente ocorrem em duas épocas, março/abril e agosto/outubro.