Apesar da pitangueira se adaptar às diferentes condições de solo e clima, deve-se levar em consideração as características edafoclimáticas favoráveis ao seu cultivo. Deve-se dar preferência aos solos férteis, profundos, permeáveis, bem drenados e de topografia favorável à mecanização.

A área escolhida para o cultivo de pitangueira deve estar destocada e livre de raízes, principalmente, nos locais onde serão abertas as covas para plantio das mudas. Deve também apresentar boas vias de acesso para permitir o tráfego de veículos durante todo o ano. Se houver necessidade de desmatamento e destocamento mecanizados da área, deve-se evitar a movimentação excessiva da camada superficial, pois, resultam na desestruturação do solo e, consequentemente, sua compactação. Recomenda-se que antes do preparo de solo sejam coletadas amostras para análise química em laboratório, visando avaliar se há necessidade de aplicação e definição das quantidades de calcário e fertilizantes químicos e/ou orgânicos.

O preparo de solo adequado deve ser realizado de modo que permita o aumento da aeração e infiltração de água, além da redução da resistência do solo ao crescimento e desenvolvimento do sistema radicular das mudas. A área escolhida deve ser arada, gradeada e demarcada, levando-se em consideração sua topografia, para que sejam realizados os trabalhos de manejo e conservação do solo se necessário. Em seguida, realiza-se a medição da área e, com o auxílio da régua de plantio e de piquetes, marcam-se os locais de abertura das covas, cujas dimensões são de 0,35 m x 0,35 m x 0,35 m. Logo depois, cavam-se as covas, tendo o cuidado de separar a camada de solo superior da inferior. À primeira camada, misturam-se os fertilizantes recomendados, de acordo com análise de solo, enchendo-se novamente a cova, a qual torna-se pronta para o plantio.