Latossolos Amarelos

Conteúdo migrado na íntegra em: 09/12/2021

Autores

Manoel Batista de Oliveira Neto - Embrapa Solos

Maria Sonia Lopes da Silva - Embrapa Solos

 

Os Latossolos Amarelos (LA) são solos desenvolvidos principalmente de sedimentos do Grupo Barreiras, que constitui a faixa sedimentar costeira paralela ao litoral. Podem também ser desenvolvidos de rochas cristalinas ou sob influência destas, localizando-se numa faixa mais a oeste, afastada do litoral, na porção que antecede o planalto da Borborema.

São solos bastante uniformes em termos de cor, textura e estrutura; são profundos e muito profundos, bem drenados, com predominância de textura argilosa e muito argilosa. Nos tabuleiros, predominam em relevo plano e suave ondulado, mas nas áreas do cristalino são encontrados em relevo desde ondulado a montanhoso. Apresentam sequência de horizontes A e Bw, com predomínio do horizonte superficial do tipo A moderado e proeminente e, raramente do tipo húmico; baixa fertilidade natural, com baixa soma de bases; teores muito baixos de fósforo assimilável e reação forte a moderadamente ácida. Em sua grande maioria ocorrem com uma coesão nos horizontes subsuperficiais, que podem restringir o desenvolvimento das raízes.

    Foto: Manoel Batista de Oliveira Neto,2011

  

   Figura 1. Latossolo Amarelo.


Distribuição na paisagem: na faixa sedimentar costeira os Latossolos Amarelos estão situados nos terços superiores e superfícies aplanadas dos Tabuleiros Costeiros. Na região que antecede a Borborema, sob influência de rochas cristalinas, geralmente ocorrem nas encostas acidentadas e nos topos dos morros ou elevações. Em função da escala de trabalho estes solos foram mapeados e cartografados principalmente em associação com outros solos, tendo pouca ocorrência como unidade de mapeamento isolada.      

         Foto: Manoel Batista de Oliveira Neto,2011

        

      Figura 2. Ambiente de ocorrência do Latossolo Amarelo.

 

Uso atual - Na Zona da Mata de Pernambuco, os Latossolos Amarelos são usados principalmente com a cultura da cana-de-açúcar e em menor proporção com fruticultura e culturas de inhame, mandioca, entre outras.

Potencialidades e limitações – A principal limitação destes solos é a baixa fertilidade natural, necessitando da correção da acidez e da adubação para obtenção de boas colheitas. Quando ocorrem em relevo acidentado apresentam forte restrição, não sendo recomendados para uso com agropecuária devido ao risco de degradação pela erosão hídrica. São solos de fácil manejo e mecanização nas áreas com relevo plano e suave ondulado, principalmente quando não são coesos. Na Zona da Mata, caracterizada pelo clima úmido, estes solos apresentam bom potencial para cultura da cana-de-açúcar e fruticultura em geral (manga, goiaba, sapoti, jaca, acerola, etc.), após a correção de sua fertilidade.