Território Mata Sul Pernambucana
Vegetação com influência marinha ( restingas)
Autor
José Coelho de Araújo Filho - Embrapa Solos
A vegetação denominada de influência marinha, também chamada de vegetação de restinga trata-se de uma formação que se desenvolve nos sedimentos arenosos da Baixada Litorânea (Figura 1). A mata de restinga difere das formações florestais referentes ao cristalino e das formações dos Tabuleiros Costeiros, pelo menor porte, menor pujança, bem como pela fisionomia e composição florística. É uma vegetação relativamente pouco densa com árvores em torno de 10 a 12 metros de altura, troncos finos, ramificação geralmente baixa, caules às vezes tortuosos e copas irregulares e por vezes compreendendo áreas abertas onde se desenvolve uma vegetação conhecida como campo de restinga com presença marcante de gramíneas. Relaciona-se com as classes de solos Neossolos Quatzarênicos e Espodossolos.
Foto: Josué Francisco, 2011
Figura 1. Ambiente da Baixada Litorânea mostrando remanescente da vegetação de restinga.
No estrato arbóreo destacam-se Schinus terebinthifolius Raddi (aroeira-da-praia), Anacardium occidentale L. (cajueiro), Tabebuia roseo-alba (Riddley) Sandw. (pau d’arco-roxo), Ocotea sp. (louro), Andira nitida Mart. (angelim), Manilkara salzmannii (A.DC.) H. J. Lam. (maçaranduba) e Hancornia speciosa Gomes (mangabeira). Os coqueirais com Cocos nucifera L. (coqueiro), de há muito existentes, plantados ou não, juntamente com esta formação vegetal têm sido devastados principalmente para fins imobiliários. Atualmente, conforme observações diretas no campo, nota-se que essa vegetação encontra-se muito devastada devido à ocupação e uso desordenado da Baixada Litorânea.