Para o desenvolvimento da agricultura familiar não basta gerar tecnologias, fazer experiência no meio rural e implantar as técnicas que permitam melhorar o funcionamento e a produtividade das unidades de produção. Deve-se, antes de tudo, despertar o interesse do produtor para administrar melhor o seu negócio para que consiga os recursos necessários para adotar os melhoramentos necessários ao seu sucesso.

Sabemos que as decisões são individuais e tomadas solitariamente pelos agricultores nas unidades de produção, com respeito às práticas e técnicas a serem utilizadas. No entanto, é importante destacar o papel das organizações sociais, pois muitos problemas e limites externos são contornados em espaços coletivos, quando se tem a união que fortalece a classe. As organizações sociais têm se constituído em espaços adequados para discussões de problemas comuns, transformado-se em instrumentos valiosos para resolução de problemas, não só em nível técnico, mas também no campo da saúde, da educação, da melhoria de infraestrutura, de crédito, de comunicação, todos estes temas indissociados do avanço tecnológico na busca do desenvolvimento.

Tudo isso aponta para a necessidade de que a inovação tecnológica e a inovação social caminhem juntas para a construção do desenvolvimento sustentável da agricultura familiar.