Uma nova realidade
Foi tudo muito rápido. Em dezembro de 2019, a China identificou pela primeira vez, na cidade de Wuhan, o vírus Sars-CoV-2, causador da Covid-19, doença infecciosa que atinge as vias respiratórias e, até então, havia levado à morte dezenas de pessoas. Em janeiro de 2020, o problema já havia se espalhado, com gravidade, por diversas partes do mundo. Em 26 de fevereiro, o Brasil registrou, na cidade de São Paulo, o primeiro caso dessa doença. No dia 11 de março, uma quarta-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) elevou o estado dessa contaminação mundial à condição de pandemia. Na semana seguinte, a Embrapa já adotava as primeiras medidas preventivas contra o avanço do coronavírus em todas as suas unidades administrativas e de pesquisa.
Diante desse quadro, a realização de viagens e a participação em eventos internos e externos foram canceladas pela Empresa. Grande parte do trabalho presencial interno, assim como o atendimento a seus diversos públicos, se arrefeceram. A maioria dos empregados passou a atuar em regime de teletrabalho ou de revezamento, neste último caso com a adoção de protocolos de segurança. Em compensação, a comunicação interna, por intermédio de aplicativos telefônicos e de videoconferência, tornou-se cada vez mais comum.
No âmbito externo, as comunidades locais onde se encontram as diversas Unidades da Embrapa também se depararam com o problema. Os apertos de mão entre pesquisadores, técnicos, extensionistas e produtores rurais foram ficando escassos. Ainda assim, mesmo diante dessa crise sanitária mundial, a Embrapa jamais se furtou a colocar à disposição do governo e da sociedade brasileira aquilo que tem de melhor: conhecimentos, tecnologias, apoio logístico e, acima de tudo, um profundo sentimento de solidariedade em sua atuação para minimizar o problema e suas consequências. É o que veremos a seguir.
Testes de identificação e material de proteção
Ainda em março de 2020, em atendimento ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Embrapa colocou à disposição do governo federal toda a sua estrutura de equipamentos, produtos e pessoal, a fim de auxiliar na realização de testes laboratoriais com a técnica RT-PCR, para a identificação da Covid-19. De Norte a Sul do País, os laboratórios da Empresa passaram a mudar suas rotinas para atender a essa nova demanda. Para isso, contaram com a orientação geral do Ministério da Saúde e a certificação oficial dos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacens), localizados nos diversos estados, para a realização dos testes. Internamente, foi necessária a formação de equipes multidisciplinares, treinamento, adaptação de laboratórios e muita disposição para esse trabalho.
Inicialmente, receberam essa certificação os laboratórios da Embrapa Gado de Corte (Campo Grande, MS) e da Embrapa Suínos e Aves (Concórdia, SC), seguidos pela Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora, MG), Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos, SP) e Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas, MG). Além dessas, outras Unidades passaram a colaborar com os laboratórios centrais dos diversos estados com o fornecimento de seus equipamentos para a realização de testes. Esse foi o caso, por exemplo, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília, DF), da Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas, TO) e da Embrapa Amapá (Macapá, AP), entre outras Unidades da Empresa.
A Embrapa Suínos e Aves, entre outras Unidades, realizou testes laboratoriais RT-PCR para identificação do vírus da Covid-19. Foto: Lucas Scherer
Materiais para testes (kits para obtenção do RNA do vírus) e produtos para proteção contra o vírus (luvas, máscaras, álcool em gel) também foram disponibilizados pelas diversas Unidades da Empresa, tais como a Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA), a Embrapa Cerrados (Planaltina, DF), a Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS), a Embrapa Amazônia Oriental (Belém, PA), a Embrapa Solos (Rio de Janeiro, RJ), a Embrapa Uva e Vinho (Bento Gonçalves, RS), a Embrapa Algodão (Campina Grande, PB), a Embrapa Meio Norte (Teresina, PI) e a Embrapa Hortaliças (Brasília, DF). Já a Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE), além de doar materiais de proteção, estabeleceu contrato de parceria para a disponibilização de 600 litros de água desmineralizada ao Instituto Federal de Sergipe (IFS). Trata-se de um produto resultante de processos de purificação utilizado na produção de álcool e água sanitária, que passou a render cerca de 2 mil litros de produto final, destinado a hospitais, silos e creches comunitárias.
Os serviços de testes laboratoriais da Covid-19 conduzidos pela Embrapa não foram prestados diretamente para pessoas físicas ou instituições particulares. Coube às instituições públicas da área de saúde o atendimento à população, as quais, posteriormente, encaminharam as amostras de exame para a Embrapa. O resultado de todo esse trabalho pode ser constatado em números. Somente a Embrapa Suínos e Aves, por exemplo, encerrou o ano de 2020 com a realização de 24.702 testes moleculares de Covid-19. Apenas em dezembro, foram 729 amostras processadas. O trabalho em apoio ao Ministério da Saúde e ao Lacen-SC para os diagnósticos da região Oeste e Extremo Oeste de Santa Catarina atendeu um total de 118 municípios.
Publicações adaptadas a uma nova realidade
Além de disponibilizar laboratórios para diagnósticos da Covid-19, ao mesmo tempo em que mantém suas atividades normais de pesquisa agropecuária, a Embrapa tem buscado contribuir para o enfrentamento à pandemia no território nacional, elaborando e adaptando suas publicações com foco no setor.
Um conjunto de publicações encontra-se disponível no hotsite criado pela Empresa sobre o tema: Especial Covid-19. Além de cartilhas, informativos técnicos e orientações, também é possível encontrar nesse espaço dados estatísticos sobre o avanço da pandemia no País, esclarecimentos oficiais e notícias. Informações sobre como o produtor ou o setor podem se prevenir contra a pandemia foram elaboradas por pesquisadores e técnicos de diversas Unidades de pesquisa da Embrapa, buscando atender a realidade de cada região, bem como os contextos de produção agropecuária locais.
O comunicado técnico publicado pela Embrapa Pecuária Sul (Bagé, RS) intitulado Recomendações para prevenção da Covid-19 para pessoas ligadas ao meio rural na região Sul traz, por exemplo, informações adaptadas à realidade dos produtores rurais, tais como: substituir a bota de couro por borracha, ao “camperear”, por conta das baixas temperaturas; usar sempre um lenço ou máscara de pano para proteger nariz e garganta e evitar resfriados; manter distanciamento social de aproximadamente dois metros das pessoas, o equivalente a uma vaca ou duas ovelhas. A Empresa também lançou uma série de dicas para o trabalhador rural por meio de vídeos e áudios.
Outra iniciativa nesse sentido é a edição do Guia básico de higiene doméstica para prevenção da Covid-19 e outras doenças, elaborado pela Embrapa Florestas (Colombo, PR), com patrocínio da Associação dos Comerciantes Estabelecidos no Mercado Municipal de Curitiba (Ascesme). Nesse caso, a publicação traz medidas de higiene para a segurança doméstica: cuidados pessoais, preparo de alimentos, cômodos da casa (com destaque para banheiros), objetos em geral, parte externa das residências, animais domésticos e frequência de limpeza. A Embrapa Hortaliças (Brasília, DF), por sua vez, publicou uma edição especial de Hortaliças em Revista sobre o aproveitamento de espaços reduzidos para a produção de hortaliças como forma de melhorar a saúde física e mental.
Em outras ocasiões, a Embrapa apoiou iniciativas similares de instituições parceiras. É o caso da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos, SP), que, por intermédio do programa Balde Cheio, contribuiu para a publicação do livro Diálogos para prevenção da Covid-19 nos territórios rurais, disponível no site da Comissão de Educação Sanitária de São Paulo, do Mapa. Já a Embrapa Instrumentação, também de São Carlos, desenvolveu uma cartilha em parceria com a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), para fornecer dicas de compra, armazenamento e consumo de frutas e hortaliças aos consumidores, recomendações que evitam perdas e desperdícios de alimentos até em períodos de normalidade.
O papel da pesquisa em plena pandemia
Apesar da pandemia, o trabalho da Embrapa na área de pesquisa não parou. Um dos melhores exemplos nesse sentido foi a realização no mês de outubro, de forma virtual, do III Workshop dos Gestores de Portfólios de Pesquisa e dos Chefes de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), cuja finalidade era discutir os resultados de 2020 e os desafios da Empresa para o futuro. Participaram do evento os 43 chefes de P&D das Unidades da Embrapa e os 34 presidentes dos projetos, além de técnicos e pesquisadores das Unidades Centrais.
Para além das atividades de gestão da pesquisa, a Empresa se envolveu diretamente com projetos destinados a minimizar os impactos da Covid-19. No âmbito da proteção individual, que é um dos principais requisitos contra a disseminação do vírus, a Embrapa contribuiu com uma pesquisa fundamental: a utilização de nanocelulose do tipo microfibrilada de pínus e de eucalipto (conhecida como MFC) como espessante para fabricação de álcool em gel. Pesquisadores da Embrapa Florestas (Colombo, PR), em colaboração com a área de pesquisa da empresa Klabin, demonstraram que esse material pode atuar como espessante e emulsificante eficaz no preparo de álcool antisséptico e álcool em gel.
Parceria entre Embrapa Florestas e Klabin pesquisou a utilização de nanocelulose de pínus e eucalipto na produção de álcool antisséptico e em gel. Foto: Katia Pichelli
Em decorrência desse trabalho, cerca de cem litros de álcool antisséptico 70% foram enviados à Vigilância Sanitária do Mapa, para uso especialmente em postos de fronteira do Paraná e de Santa Catarina. Em paralelo, o trabalho continua com a definição de outras “formulações” para fabricação de álcool em gel, utilizando diferentes nanoceluloses. Pesquisa similar foi conduzida pela Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza, CE), em apoio à empresa Agropaulo Agroindustrial, por meio de análises laboratoriais para determinar a melhor concentração do polímero hidroxipropil metilcelulose (HPMC), visando à produção de álcool em gel e sua distribuição aos hospitais da região.
Além do álcool em gel, outro produto de proteção que os pesquisadores da Embrapa investigaram foi o detergente. Um estudo conduzido por três Unidades da Empresa – Embrapa Instrumentação e Embrapa Pecuária Sudeste, localizadas em São Carlos, SP, e Embrapa Suínos e Aves, em Concórdia, SC – levou a experimentos com substâncias à base desse produto. Os resultados foram bastante promissores na formação de uma película antiviral para as mãos e superfícies inanimadas. Ela inativou em poucos minutos um coronavírus semelhante ao da Covid-19, por períodos mais longos do que os sanitizantes, como o álcool, que evapora mais rápido. Essa pesquisa também contou com a participação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no RJ; do Instituto de Zootecnia (IZ), em Nova Odessa, SP; e da Universidade de São Paulo (USP).
Outra forma de contribuição para o controle da pandemia foi apresentada pela Embrapa Territorial (Campinas, SP), ao sistematizar painéis gráficos que acompanham o avanço dos casos da doença em todo o território nacional. Os painéis mostram a evolução temporal diária, além de sua espacialização estadual. Os gráficos são estruturados mediante o uso do ArcGIS – software de geoprocessamento – sobre o banco de dados abertos disponibilizado pelo Ministério da Saúde. Essa iniciativa-piloto também pode ser aprimorada de acordo com demandas específicas daquele Ministério. A Embrapa Acre (Rio Branco, AC), por sua vez, também adotou tecnologias geoespaciais usadas na pesquisa agropecuária para mapear em detalhes a evolução da Covid-19 no Acre.
Em termos práticos, as ferramentas digitais e de sensoriamento remoto desenvolvidas pela Embrapa também estão ajudando os produtores rurais a os agentes do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) a se precaverem contra a pandemia. Em 2020, a Resolução nº 4.796, publicada pelo Banco Central, permitiu que a comprovação presencial de perdas agrícolas fosse substituída pela utilização dessas ferramentas. Assim, o Sistema de Análise Temporal da Vegetação (SATVeg), desenvolvido pela Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP), poderá ser consultado para verificação das perdas agrícolas do Proagro.
Além de contribuir em âmbito nacional em diversas formas de enfrentamento da pandemia causada pelo novo coronavírus, a Embrapa passou a integrar esforços internacionais de pesquisa voltados para esse problema. Entre eles se encontra a coordenação, no Brasil, pela Embrapa Instrumentação (São Carlos, SP) do projeto CoronaSurveys. Trata-se de uma iniciativa de 14 países voltada para monitorar a incidência da Covid-19 por meio de pesquisas abertas e anônimas. A coleta de dados é obtida a partir de um questionário disponível no próprio site do projeto. Além de contribuir com a divulgação dos dados, a Unidade também apoia a iniciativa por meio da análise e modelagem dos dados obtidos. Um vídeo, com considerações sobre o preenchimento do questionário está disponível no canal oficial da Embrapa no YouTube.
A elaboração de cenários sobre os impactos da Covid-19 no setor agropecuário, em termos econômicos e sociais, assim como o acompanhamento progressivo de temas relacionados à pandemia nos ambientes científico e agropecuário são outras formas de contribuição da Embrapa. A Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas (Sire), por exemplo, com sua rede de observatórios do sistema Agropensa espalhados pelo País, além de grupos de trabalho específicos, publicou diversos boletins técnicos orientadores com informações em âmbito mundial ou nacional (impactos da China no agronegócio brasileiro pós-Covid-19; evolução e impactos da pandemia em âmbito local, nacional e internacional; comércio global de alimentos face à Covid-19).
Instruções e análises técnicas sobre cuidados contra a contaminação pelo vírus em diversas cadeias produtivas (carne, soja, leite, hortaliças, etc.), ou mesmo boletins específicos sobre seus respectivos mercados, também foram produzidas por diversas Unidades da Embrapa. Outro assunto de interesse da Empresa foi o comportamento do consumidor de hortaliças diante do contexto de isolamento social em razão da pandemia. Para compreender as alterações no hábito de consumo, a Embrapa Hortaliças realizou uma pesquisa on-line, em parceria com o Instituto Brasileiro de Horticultura (Ibrahort).
Internet favorece interação com a sociedade
O aumento do uso da internet para a comunicação interpessoal e a troca de informações durante a pandemia em 2020 não ocorreu apenas no nível interno, mas também favoreceu a relação da Embrapa com seus diversos públicos de interesse. É o que demonstra a plataforma e-Campo, que oferece treinamentos on-line promovidos pela Embrapa. Esse espaço foi o principal destaque do portal da Empresa no ano passado, que apresentou crescimento de 1.400% no número de páginas visualizadas, entre 2019 e 2020. Devido às medidas de distanciamento social, observou-se uma corrida por treinamentos a distância. A Embrapa foi capaz de, rapidamente, dar uma resposta à demanda do público e ampliar sua oferta de cursos na modalidade de educação a distância (EAD).
Graças a isso, o e-Campo se tornou a terceira seção mais acessada do Portal Embrapa, atrás apenas de Publicações, com quase 7 milhões de visualizações, e de Notícias, com 4,7 milhões, que também tiveram a visualização de suas páginas impulsionada pelo interesse por treinamentos em EAD. Em Notícias, por exemplo, alguns dos conteúdos referentes aos cursos on-line estão entre os mais visitados da categoria em 2020. O volume de acessos ao Portal Embrapa gerado por notícias de treinamentos publicadas em sites de veículos de comunicação tradicionais também chama atenção.
Além de a pandemia mudar as relações de trabalho, ampliando a adoção do teletrabalho e de aprendizagem (ou transferência de tecnologia), certas tendências já observadas em 2018 consolidaram-se. A primeira delas é o aumento do número de acessos por dispositivos móveis, mesmo com mais pessoas trabalhando em casa. Em 2020, os smartphones foram utilizados por 54% dos usuários do Portal da Embrapa, contra 44% que utilizaram desktops e notebooks. Trata-se de uma tendência mundial que evidencia a necessidade de melhorar a experiência dos usuários que utilizam telas pequenas. Outra tendência mantida é a predominância dos acessos por meio das buscas do Google, que tem sido a principal porta de entrada para o Portal Embrapa. O buscador mais popular da internet contribuiu com cerca de 80% das visitas, em média, nos últimos anos.
Para se ter uma ideia do impacto do uso da internet, somente a Embrapa Suínos e Aves (Concórdia, SC), por exemplo, produziu 158 vídeos e 29 lives, com 52 horas de transmissão de cursos, eventos e lançamentos no canal da Embrapa no YouTube ou de parceiros.
Redes de solidariedade
A presença da Embrapa em diversas localidades do País motivou seus centros de pesquisa a promover ou a participar de redes de solidariedade para atender às populações mais fragilizadas com o avanço da pandemia. A Embrapa Acre (Rio Branco, AC), por exemplo, dedicou-se ao Projeto Bem Diverso, iniciativa conjunta com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), executada com recursos do Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF). Sua principal finalidade é assegurar renda para populações tradicionais e agricultores familiares, visando à melhoria da qualidade de vida nas comunidades rurais. Entre as atividades realizadas pelo projeto se encontra a confecção de máscaras que foram distribuídas em diversas comunidades carentes do estado. Em Cruz das Almas, na Bahia, a Embrapa Mandioca e Fruticultura aderiu à Rede Solidária Cruz, organizada pela Prefeitura de Cruz das Almas, por meio da coleta e distribuição de 7,2 toneladas de alimentos e produtos de higiene à população local mais vulnerável.
No Acre, o projeto Bem Diverso entregou máscaras a comunidades carentes. Foto: Angélica Silva
Em Dourados, Mato Grosso do Sul, a Embrapa Agropecuária Oeste fez a doação de 2,5 toneladas de mandioca in natura, beneficiando cerca de 350 famílias carentes do município. A Embrapa Amapá (Macapá, AM), por sua vez, se envolveu com a campanha Ciência Solidária, organizada pela Rede Integrada de Pesquisa do Amapá (Ripap), cujo objetivo era a entrega de cestas básicas, máscaras e medicamentos para comunidades do interior do estado. Em Bento Gonçalves, RS, a Associação dos Empregados da Embrapa Uva e Vinho apoiou a campanha Seja Solidário – Juntos Venceremos a Covid-19, por meio da doação de 1,4 tonelada de alimentos à população local, por intermédio da Secretaria Municipal de Esportes e Desenvolvimento Social (Sedes) daquele município. Ainda nesse estado, a Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS) realizou a doação de 5 toneladas de tangerina da cultivar Oktisu às famílias necessitadas da região, por intermédio do programa Mesa Brasil, coordenado pelo Serviço Social do Comércio (Sesc-RS). Esses são apenas alguns exemplos das redes de solidariedade com as quais a Embrapa se envolveu no intuito de atender os mais necessitados durante a pandemia da Covid-19. Mais informações sobre esse tema podem ser obtidas na seção de Ações Sociais da versão eletrônica do Balanço Social de 2020.
Diante de todos esses resultados, seja no âmbito da realização de testes de identificação e do fornecimento de material de proteção contra a Covid-19, seja na elaboração e disseminação de publicações didáticas sobre o assunto e na realização de estudos e pesquisas voltadas ao mundo rural e ao consumidor, assim como no uso massivo da internet na comunicação com a sociedade ou no envolvimento em redes de solidariedade, a Embrapa vem demonstrando em plena pandemia que, para além de instituição de pesquisa, é, antes de tudo, uma instituição comprometida com a melhoria da qualidade de vida da população brasileira e com o desenvolvimento do País em diversos âmbitos – local, regional e nacional. Se existe um valor que possa resumir tudo o que a Embrapa faz e já fez pelo Brasil, certamente esse valor é, justamente, a solidariedade.