O Brasil é líder mundial no uso de bactérias fixadoras de nitrogênio na agricultura. O caso mais comum ocorre para espécies leguminosas, como a soja. Nessa cultura, a aplicação de inoculantes à base de bactérias fixadoras de nitrogênio permite uma economia ao País de aproximadamente 13 milhões de dólares por ano, que deixam de ser gastos com fertilizantes nitrogenados. Mas os cientistas já têm resultados promissores também para espécies não leguminosas, como as gramíneas (milho, trigo, arroz e cana-de-açúcar), e há, inclusive, produtos no mercado nacional sendo utilizados pelos produtores.Segundo a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), em 2017 foram entregues ao mercado cerca de 34,5 milhões de toneladas de fertilizantes. No caso específico de inoculantes bacterianos, são aproximadamente 40 milhões de doses comercializadas por ano. Mas esse mesmo mercado que gira altas cifras mostra-se propício ao uso de novas tecnologias, como insumos biológicos que ofereçam múltiplos benefícios às plantas.O evento em Foz do Iguaçu pretende apresentar os últimos resultados da academia e alinhar essas pesquisas com a necessidade dos mercados de insumos agrícolas brasileiro e internacional. Já se sabe que há muitos avanços e a cada dia os cientistas ampliam mais o conhecimento sobre a interação entre os microrganismos e as plantas.Sobre os eventosO simpósio sobre FBN em não leguminosas tem uma longa tradição desde a década de 1970. As duas últimas edições foram na China e na Hungria. O Workshop Latino-Americano de PGPR, por sua vez, é uma reunião recente, baseada em pesquisa e aplicação de Rizobactérias Promotoras de Crescimento de Plantas (PGPR). A 1ª reunião foi em 2012 na Colômbia, como parte da 9ª Conferência Internacional de PGPR. Em 2014, foi organizado o 2ª workshop na Argentina e, em 2016, no Chile. Em 2018, o evento tem a proposta de integrar, buscando uma discussão da aplicação de novos conceitos, métodos, descoberta de novos organismos etc