Embrapa Clima Temperado
Estação Experimental de Canoinhas (EECan)
Denominações da unidade:
- 1974-1976 - Centro de Treinamento e Multiplicação de Batata Semente Eng. Agr. Celso Freitas de Souza
- 1976-1998 - Gerência Local de Canoinhas - Embrapa Sementes Básicas
- 1998-2012 - Escritório de Negócios de Canoinhas - Embrapa Transferência de Tecnologia
- 2012-2017 - Escritório de Canoinhas - Embrapa Produtos e Mercado
- 2017-2018 - Escritório de Canoinhas - Secretaria de Inovação e Negócios da Embrapa
- 2019-presente - Estação Experimental de Canoinhas (EECan) - Embrapa Clima Temperado
Os acontecimentos antecedentes da Embrapa:
Na década de 1960 começaram a migrar para a região do Planalto Norte Catarinense as primeiras famílias de etnia japonesa oriundas de São Paulo e Paraná em busca de terras de matas nativas para desmatamento e plantio de batata-semente, devido a segurança na infecção de murcha bacteriana, estas famílias foram trazidas pela Cooperativa Agrícola de Cotia, e o objetivo era abastecer a cadeia de produção de batata para consumo dos agricultores de São Paulo, Paraná e Minas Gerais. Nas décadas seguintes de 1970, 1980 e 1990, a região cujo polo de produção de batata semente é Canoinhas abrangeu os municípios de Três Barras, Mafra, Major Vieira, Papanduva e Monte Castelo, Ireneópolis, Bela Vista do Toldo, Santa Cecilia, Mafra, Rio Negrinho, Itaiópolis, São Mateus do Sul , Lages, São Joaquim, Xanxerê, Faxinal dos Guedes, e outros, onde detinha cerca de 98% da produção do estado de Santa Catarina e 65% da produção de batata semente do Brasil.
Em vista disso em 1973 o Ministério da Agricultura, através do AGIPLAN/PLANASEM – Apoio Governamental para Implantação ao Plano Nacional de Sementes, buscou firmar um convênio com o GTZ- Agencia de Cooperação Agrícola Internacional da Alemanha Ocidental para a criação do Centro de Multiplicação de Batata-semente Eng. Agr. Celso Freitas de Souza em Canoinhas, Santa Catarina, com a finalidade de apoiar e dar uma melhor assistência em tecnologia de batata semente aos produtores através de teste de cultivares, transferência de tecnologia de batata semente, analises de virologia e cursos de treinamento. O convênio previa então que o Governo Alemão fornecesse defensivos agrícolas, sementes, tratores, equipamentos de laboratório, equipamentos de frigorificação, implementos agrícolas, e técnicos alemães especialistas em batata-semente, e vieram da Alemanha Ocidental três técnicos para a implantação do projeto, Helmut Platzer, Mathias Zweigert e Heinz Jurgen Fischer pertencentes a Universidade Agrícola de Braunschweig e recrutados e pagos pelo GTZ – Agencia de Cooperação Internacional da Alemanha Ocidental e o Governo Brasileiro através do Ministério da Agricultura- Superintendência de Santa Catarina, forneceria a área para instalação do centro e o três técnicos brasileiros como contrapartida, pessoal de apoio, e gerenciasse a construção das instalações do centro, cujo financiamento seria feito pelo BID- Banco Interamericano de Desenvolvimento através do programa AGIPLAN/PLANASEM, ressaltando que quase todos as outras futuras Gerencias Locais do SPSB/EMBRAPA, UBS de cooperativas e laboratórios de analises de sementes do pais tiveram a mesma fonte de financiamento. Os técnicos brasileiros foram Vasile Popa coordenador do centro, Osvaldo Siqueira oriundo do IPEAS Estação Experimental d Cascata atual CPACT, Odone Bertoncini do MAPA de Chapecó (atual Epagri Chapeco) e os empregados Julio de Oliveira, Carlos Augusto Lopes, Baltazar Batista, Irineu Osni Brey, Ignácio Karvat, Raul Teles, Romão Drosdeck, Waldemar Scheuer, João Batista Alves Ribeiro e Karim Popa.
No local escolhido no município de Canoinhas, situado as margens da Rodovia BR 280, bairro Agua Verde, a Prefeitura, através do Prefeito Alfredo de Oliveira Garcindo, colocou a disposição do Ministério da Agricultura, uma área de 64 hectares, executou o desmatamento e limpeza do terreno, a terraplanagem dos terraços onde seriam construídos as edificações, do escritório e laboratório, Armazéns frigoríficos, casas de vegetação, centro de treinamento com as salas de aula, alojamentos, refeitório, etc. Este convênio teria a duração de três anos e teve seu encerramento em 1976, passando então o controle e a continuação dos trabalhos para a Embrapa. Após o termino do convenio o programa AGIPLAN/PLANASEM se extinguiu e o centro e os empregados foram transferidos para a Embrapa.
Por outra ação independente no sul do país em pelotas a IPEAS-Instituto de Experimentação Agropecuária do Sul tinha um programa de melhoramento de batata e produzia sementes para vender a produtores de batata do estado, com as cultivares melhoradas pelo instituto, cuja cultivar Baronesa foi um grande sucesso, chegando a ocupar 80% da área plantada de 50.000 hectares no Rio Grande do sul nas décadas de 1960 e 1970.Este programa foi inciado na década de 1950 e o pesquisador foi Dr. Delorge Mota da Costa, sendo que com a transformação para Embrapa – UEPAE de Cascata o programa de melhoramento continua até o presente.
*Redigido originalmente por ELCIO HIRANO e IRINEU OSNI BREY em 1999. Revisto por ELCIO HIRANO em 2006 e em 2020.