Notas técnicas Notas técnicas

A Embrapa Clima Temperado informa neste espaço, de forma detalhada, a posição da Empresa a respeito de temas relevantes e complexos para os diversos atores envolvidos nas cadeias produtivas e temas estratégicos em sua região de atuação.

 

Agosto/2022

Morte de Plantas de Pessegueiro

Em relação à falta de consenso sobre o tema da morte de plantas de pessegueiro, a equipe de pesquisadores do Núcleo de Fruticultura da Embrapa Clima Temperado, entende que o contraditório é sempre bem-vindo no sentido de permitir o avanço da ciência. Embora a equipe entenda que a falta de aeração junto ao sistema radicular (encharcamento do solo) está relacionada à ocorrência deste distúrbio, a Empresa nunca deixou de investigar outras variáveis que poderiam ser relacionadas à síndrome, pois toda a síndrome é causada por um conjunto de fatores. Entre as linhas estudadas está a da incidência de nematóide anelado em pomares, o uso de porta-enxertos tolerantes à morte precoce, problemas relacionados ao replantio de pomares (sem o devido pousio), correção de solo e uso de camalhões, produção de mudas e clonagem de porta-enxerto, entre outras linhas.  É importante relembrar que em outra oportunidade o Núcleo de Fruticultura da Embrapa Clima Temperado já se manifestou  sobre este assunto, através de uma Nota Técnica, que pode ser acessada abaixo.

Nota Técnica - Direcionamento da pesquisa da Embrapa Clima Temperado sobre morte-precoce do pessegueiro.

 

Junho/2016

Produção de Sementes do Bioma Pampa

Produção de propágulos para suporte à adequação de áreas campestres do bioma Pampa à lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012 (Lei de Proteção da Vegetação Nativa)

O Bioma Pampa abrange um território próximo à 700 mil km², dividido entre o Uruguai, Argentina e Brasil, onde se encontra restrito ao estado do Rio Grande do Sul, ocupando 63% da área estadual. Em desarmonia com a grande diversidade de espécies vegetais, o avanço de diferentes culturas e a expansão de espécies invasoras exóticas como o capim-annoni, inclusive em áreas de Reserva Legal e Área de Preservação Permanente, representam desafios à restauração ecológica e à preservação de serviços ecossistêmicos importantes, como a manutenção da biodiversidade regional. Com o objetivo de discutir os diferentes gargalos da restauração ecológica neste Bioma, a Embrapa em parceria com a Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZB) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), realizaram em Porto Alegre durante os dias 03 e 04 de dezembro/2015 a oficina Diálogos sobre a restauração ecológica do bioma Pampa: definição de espécies e estratégias para restauração ecológica, que dentre os diferentes encaminhamentos, propôs-se a identificação de alternativas para que o processo de coleta de sementes seja simplificado, reduzindo a necessidade de controle rígido de lote, pureza, vigor, entre outros.  Atualmente o Brasil se comprometeu a restaurar nos próximos cinco anos 12,5 milhões de hectares de vegetação nativa, porém no Bioma Pampa, devido a diferentes motivos, existe uma carência crônica de propágulos para suporte à adequação de áreas campestres à lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012 (Lei de Proteção da Vegetação Nativa, designação atual do Código Florestal), sendo urgente a resolução destas questões, pois se corre o risco deste Bioma não participar concretamente das metas de restauração traçadas por este plano para o Brasil. Diante do quadro exposto nesta nota técnica, solicita-se a apreciação da problemática descrita por parte dos órgãos públicos competentes ao tema.